Cinco homens cegos encontram um elefante. O primeiro abraça a pata e diz ser o tronco de uma árvore. Outro pega a cauda e acredita ser uma corda muito resistente. O terceiro toca a orelha e acha que é uma lona grossa e flexível. Outro apalpa a tromba e decide ser uma mangueira de regar jardim. O quinto passa as mãos no corpo do animal e afirma que é uma parede.

Quando conheci esta ilustração, imaginei que ensinasse sobre a verdade ser relativa. Cinco indivíduos diferentes tiram conclusões diferentes sobre a mesma coisa.

Mais tarde entendi que a verdade não é relativa, mas objetiva. Existe um elefante. Isto é um fato objetivo que independe do ponto de vista de cada um. Mas a verdade é complexa, tem muitas facetas e é difícil de ser alcançada. Chegar a ela inicia-se pela consciência de qual peça do quebra-cabeças estamos pegando. Seja qual for, esta peça é só uma parte do todo. Não é o todo.

Aqueles cinco cegos caíram num erro comum: concluir sem informações suficientes. Conhecer só uma parte do elefante não basta para que se saiba do que se trata.

Se eles compartilhassem entre si a informação que cada um possuía, após juntar todas essas peças, uma imagem mais clara poderia emergir. Então, as conclusões iniciais poderiam mudar, como por exemplo: “Não se trata do tronco de uma árvore, mas de um animal muito grande”. E quanto mais informação tivessem, a imagem ficaria mais clara e precisa.

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Julgar é um ato complicado e perigoso. Obter a imagem mais completa possível de uma situação a ser julgada e chegar à verdade nada difere de cinco cegos tentando entender o que é um elefante.

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