Um encontro para debater o enfrentamento da violência contra as mulheres nos espaços religiosos será realizado nesta sexta-feira. às 10h, na sede da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres - Rua Valparaíso esquina com a Avenida Higienópolis). Participarão integrantes do EIG (Evangélicas pela Igualdade de Gênero) e da REVDFS (Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra as Mulheres) de Londrina.

O objetivo da reunião é debater as políticas públicas de enfrentamento à violência, a fim de criar estratégias em conjunto à rede de enfrentamento, às representantes de lideranças religiosas e aos profissionais da área. A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, reforça que o trabalho em rede é necessário, pois a violência contra as mulheres acontece em todos os lugares, independente do contexto social, religioso, político e econômico.

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Segundo a presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher e coordenadora regional do EIG, Sueli Galhardi, o trabalho em rede é fundamental para que a sociedade compreenda que a violência contra as mulheres é diferente da violência sofrida pelos homens. Esta última, segundo ela, ocorre, em sua maioria, nas ruas. Já a violência contra as mulheres acontece em grande parte dentro de casa e locais em que a mulher busca se sentir mais segura.

“Para seguirmos preparadas para o serviço, com uma rede qualificada, sem preconceitos, precisamos compreender a questão religiosa também como estrutural, daí a necessidade de intervenção do Estado. Isso se dá com apoio e encaminhamentos qualificados, escuta ativa, sem desprezar a dimensão de fé das mulheres”, disse Galhardi.

Ela também lembrou que os estudos mais recentes têm demonstrado que as igrejas evangélicas pentecostais são compostas, em sua maioria, pela classe trabalhadora, formada em sua maioria por mulheres negras e empobrecidas. “Estes dados refletem a realidade substancial de nossa sociedade, portanto é realmente pertinente que nos debrucemos e nos qualifiquemos para este público e, dentro dessa especificidade, enfrentemos as violências contra as mulheres em espaços religiosos”, completou. (Com informações do N.Com)

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