Depois de quase um mês, os caminhões voltaram a sair da usina de asfalto da Prefeitura de Londrina carregados de massa asfáltica em direção aos bairros, na manhã desta segunda-feira (25). A produção estava parada desde o final de março por conta de um problema no transformador de energia, como mostrou a FOLHA com exclusividade. A troca do equipamento aconteceu na semana passada, durante o feriado de Tiradentes.

De acordo com a secretaria municipal de Obras e Pavimentação, cerca de 20 toneladas de massa asfáltica são fabricadas por dia na usina apenas para o serviço de tapa-buracos. “Temos uma lista de demanda que cresce dia a dia. O tapa-buraco é um serviço que tem que ser feito o ano inteiro, porque se pega um período de chuva mais longo, a malha asfáltica acaba sendo prejudicada. Temos uma demanda represada. Vamos recuperar o período e depois voltar no ritmo normal”, explicou João Verçosa, responsável pela pasta.

Nesta segunda-feira, no período matutino, as três equipes de servidores fizeram o tapa-buraco na rua Nelson Brunelli, no conjunto Alexandre Urbanas, zona leste; na rua José Roberto Buck, no União da Vitória; avenida Europa e rua Nápoles, no Piza, ambos na região sul. “A estratégia é pegar locais em situação pior e a partir daí resolvendo. Não temos muita condição de colocar mais equipes porque teria que ter equipamento e só tenho três. Poderemos trabalhar outros turnos e fins de semana, se for o caso”, justificou.

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A usina de asfalto fica na pedreira desativada do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), próximo ao conjunto Jamile Dequech, na zona sul, desde 2010. Antes, o asfalto era produzido na antiga Pavilon, na avenida Guilherme de Almeida. A mudança ocorreu depois de um pedido do MP-PR (Ministério Público do Paraná).

RECAPE

A capacidade da usina é de produzir até 300 toneladas de massa asfáltica por dia. “Estamos produzindo menos neste momento porque não temos uma empresa terceirizada para fazer o serviço de recape usando a nossa massa. O serviço de recape que temos na cidade é com fornecimento da própria empresa”, explicou. Verçosa também afirmou que o município deverá lançar uma licitação para aquisição de massa asfáltica em sacada para tampar os pequenos buracos, o que demandaria uma equipe menor. “O tapa-buraco é paliativo. Nosso foco é fazer recape”, acrescentou.

RECLAMAÇÃO

No jardim Sabará, zona oeste, os moradores cobram justamente o recape. Entre as ruas mais problemáticas, segundo motoristas, estão a Antônio Salema, Estácio de Sá e Cristóvão Cardoso de Barros. “Aqui o tapa-buraco não adianta nada. As ruas estão bem danificadas, principalmente aquelas que do transporte coletivo”, reclamou o segurança Gilberto Elias.

FINANCIAMENTO

O secretário de Obras garantiu que a prefeitura está dando encaminhamento em projetos junto ao Paraná Cidades para conseguir financiamento para recape de diversas vias, entre elas a avenida Dez de Dezembro. “Têm algumas ruas em que o ideal seria fazer o recape, mas não temos condição e pegamos trechos da rua para fazer um recape mais curto, que é a mesma equipe do tapa-buraco.”

Recentemente foi dada ordem de serviço para uma empresa terceirizada fazer sete quilômetros de recape na avenida Luigi Amorese e nas ruas Brasil, Tremembés e Uruguai.

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