A Usina de Asfalto, de propriedade da prefeitura de Londrina, não está produzindo massa asfáltica para o recape de ruas e operação tapa-buracos desde a semana passada, quando começou a vazar óleo do transformador de energia e os funcionários acharam melhor desligar a rede para evitar até uma explosão.

Imagem ilustrativa da imagem Pane em transformador de energia paralisa produção de asfalto em Londrina
| Foto: Emerson Dias - N.Com

De acordo com documento da Gerência de Pavimentação da Secretaria de Obras que a FOLHA teve acesso, "foi verificada a existência de diversos ninhos de pássaros no transformador, e ao tentar fazer a retirada, observou-se que o vazamento aumentou consideravelmente, colocando em risco o funcionamento do aparelho".

Em nota, o Núcleo de Comunicação da prefeitura informou "que o conserto já está sendo providenciado e a expectativa é retornar na próxima semana a produção de asfalto e o tapa-buracos". A assessoria também esclareceu que a massa feita até a última terça-feira (29), data da pane, foi fornecida para as equipes atenderem o cronograma previsto.

A usina funciona em uma antiga pedreira do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) próximo ao conjunto Jamile Dequech, zona sul, e virou realidade em 2010 na gestão de Barbosa Neto (PDT). A mudança para uma área longe da zona urbana atendeu a um pedido do Ministério Público. Antes, o asfalto era produzido na antiga Pavilon, que operou por décadas na avenida Guilherme de Almeida, também na zona sul.

REPARO

A prefeitura abriu processo para comprar um novo transformador e assim evitar novas interrupções. O secretário de Obras, João Verçosa, pediu que a aquisição seja por dispensa de licitação. Segundo ele, a solicitação é válida e baseada na própria legislação quando "é caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas".

O investimento deve ser pouco mais de R$ 30 mil. A administração municipal fez, até o momento, quatro orçamentos com empresas de Londrina, Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) e Maringá (Noroeste). Apenas um levantamento indicou o preço pretendido pelo poder público. As outras pesquisas apontaram valores que variam entre R$ 42 mil e R$ 51 mil.

RECLAMAÇÃO

A falta de segurança tem sido outra dor de cabeça para os funcionários da usina. O problema foi retratado em ofício assinado pelo secretário de Obras e endereçado a Pedro Ramos, que responde pela Defesa Social.

No comunicado, Verçosa pede mais atenção para o espaço "em razão da quantidade de máquinas, veículos e equipamentos". Como o local não está funcionando, servidores não estão trabalhando à noite, "o que aumenta o risco de furtos e vandalismo", pontuou.

De acordo com o secretário, os próprios funcionários "têm relatado a ausência da Guarda Municipal no período noturno e finais de semana. O lugar é ermo, ou seja, propício à atividade criminosa".

A FOLHA procurou a assessoria da Prefeitura de Londrina sobre a demanda, mas não houve retorno até o fechamento da edição.

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