Além de Arapongas, na Região Metropolitana de Londrina, os municípios de União da Vitória, no Sul do Estado, e Tomazina, no Norte Pioneiro, também flexibilizaram o uso de máscara de proteção individual, como medida preventiva contra a Covid-19.

EM LOCAIS ABERTOS

Em União da Vitória, a Prefeitura decretou que o uso de máscara de proteção individual é facultativo em locais abertos, permanecendo obrigatório em locais fechados. O decreto foi publicado em 7 de março e não se aplica à pessoa que se encontrar infectada (esta deve se manter em isolamento) ou com suspeita de estar contaminada com o novo coronavírus.

“Fomos um dos primeiros municípios a adotar essa flexibilização no Estado, a partir de uma avaliação do nosso comitê de gerenciamento da Covid-19. Nos baseamos no número de vacinados e nas ocupações de leitos, que têm se mantido na média de 30% na UTI e 22% na enfermaria”, comenta o prefeito Bachir Abbas.

Com quase 58 mil habitantes, União da Vitória tem 90% dos moradores, acima de 5 anos, imunizados com a primeira dose e 78% com a segunda dose. No boletim epidemiológico de quarta-feira (9), a cidade registrou 139 casos da doença ativos e seis suspeitas. Desde o início da pandemia, foram 12.375 casos confirmados e 156 mortes.

'É UM PRIMEIRO PASSO'

O prefeito destaca que este “é um primeiro passo para vivermos um novo momento. A gente não sabe como se comportará a pandemia daqui para frente e, portanto, voltaremos a reforçar as medidas, caso necessário”, afirma.

Em eventos acima de 200 pessoas, os organizadores precisam de um alvará da prefeitura e toda a situação, se acordo com o prefeito, será analisada pela secretaria de Saúde, fazendo valer alguns protocolos como o uso de máscara e comprovante de vacinação.

“Entre a população, a gente observa a aprovação da flexibilização. Tivemos alguns questionamentos sobre o município ter a competência de fazer esse decreto em detrimento ao Governo do Estado, mas o nosso departamento jurídico, através de uma súmula do Supremo Tribunal Federal, validou que o município tem competência para flexibilizar. Porque cada cidade tem números diferentes”, pontua.

A Prefeitura municipal emitiu uma nota de esclarecimento, destacando que “União da Vitória vive uma situação atípica, sendo uma cidade limítrofe com Porto União (SC), estado no qual, o uso de máscaras já vem sendo flexibilizado. Assim, o correto é que as decisões que envolvem pandemia guardem consonância entre as cidades gêmeas, uma vez que ambas dividem seu espaço urbano e, portanto, vivem a mesma realidade.”

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FLEXIBILIZAÇÃO GERAL

Em Tomazina, a assessoria de comunicação da Prefeitura confirmou a flexibilização geral, isto é, tanto em ambientes abertos quanto fechados. "Com o avanço da vacinação, redução drástica dos casos e de internações, o uso de máscara deve ser facultativo e não obrigatório", justifica o prefeito Flávio Zanrosso. O município, que possui perto de oito mil habitantes, registrou no boletim epidemiológico divulgado na quarta-feira (9), um total de 2.189 casos confirmados da doença, 32 óbitos, 10 casos ativos e duas internações. O decreto de Tomazina sobre a flexibilização é datada de 7 de março.

AMUNORPI

Tomazina integra a Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro), que envolve outras 25 cidades. O presidente da Amunorpi, Luiz Henrique Germano, prefeito de Siqueira Campos, destacou que a flexibilização ocorre apenas em Tomazina entre os associados. “Estamos aguardando o posicionamento do Governo do Estado, por meio da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e vamos seguir exatamente o que eles determinarem”, afirma.

LONDRINA E MARINGÁ

A FOLHA procurou outras prefeituras para saber sobre os encaminhamentos a respeito do uso de máscaras. A assessoria de comunicação da Prefeitura de Londrina informou que o secretário de Saúde, Felippe Machado, ainda não se pronunciará sobre o assunto. Já a assessoria de comunicação da Prefeitura de Maringá (Noroeste), afirmou que o município irá aguardar o posicionamento oficial do Estado.

(Atualizada às 14h)

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