Os motoristas e pedestres que passam pela avenida Ayrton Senna, na zona sul de Londrina, já perceberam que o trecho entre a rua Ulrico Zuinglio e a avenida Madre Leônia Milito está com parte do asfalto faltando, ou seja, apenas nas pedras. O corte do pavimento faz parte do serviço que a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) está executando para troca da tubulação que leva água do Ribeirão Cafezal até a estação de tratamento da avenida Juscelino Kubitscheck.

No entanto, faz alguns dias que operários não promovem nenhum trabalho no lugar. É que a prefeitura notificou a companhia para que interrompesse de forma imediata a substituição das adutoras neste quarteirão. Técnicos do município identificaram que o projeto estava sendo feito fora do que havia sido apresentado pela Sanepar e aprovado pelo poder público.

O planejamento era de que a tubulação fosse instalada na calçada e não próximo ao meio-fio, na área de estacionamento, como foi feito. “Temos projeto de construir uma trincheira no cruzamento da avenida Ayrton Senna com a Madre Leônia e se a tubulação ficar no asfalto, naquele trecho, vai ficar encostada na ‘cortina’ da obra. Tivemos que notificar a Sanepar para que fizessem certo. Eles erraram”, constatou o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa. O documento foi enviado para a companhia há cerca de dez dias.

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Enquanto o conserto não é feito, motoristas e comerciantes estão insatisfeitos com a situação do asfalto. As pedras saíram em alguns pontos e o buraco tem aumentado. “É um perigo alguém escorregar de moto aqui ou até mesmo ciclista cair. Tem muita pedra solta na pista”, afirmou o entregador Mauro José Dias. “Acaba com o pneu do carro passar por esse buraco. Se erraram, tem que arrumar logo, porque aqui é via de grande movimentação, está feio”, reclamou a desing de interiores Luciana Freitas.

Pedras invadiram pista e motoristas reclamam do perigo
Pedras invadiram pista e motoristas reclamam do perigo | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

COMPATIBILIZAÇÃO

Por meio de nota, a Sanepar confirmou que houve a suspensão temporária e parcial da obra no trecho “para que seja feita a compatibilização do projeto da adutora com o projeto da trincheira da prefeitura”. De acordo com a companhia, “assim que isso for concluído, a obra será retomada”. No entanto, não foi informado o prazo para os reparos. A assessoria de comunicação destacou que no próximo domingo (15) haverá obra num outro trecho da avenida e com interdição do trânsito. Os detalhes serão divulgados nos próximos dias.

João Verçosa garantiu que iria alertar a companhia sobre os problemas que estão sendo gerados diante da falta da recomposição asfáltica entre a Ulrico Zuinglio e a Madre Leônia. “Identificamos o erro logo que o serviço foi feito. Realizamos reunião na prefeitura e chegamos a um denominador comum. Já liberamos a continuidade da obra, desde que haja a correção. Terão que desmanchar e tampar certo (o asfalto)”, frisou.

DÉCADA DE 1960

O remanejamento das adutoras na região da Gleba Palhano teve início em fevereiro deste ano e foi dividida em três fases. A água do Ribeirão Cafezal equivale a cerca de 30% de todo o sistema de abastecimento de Londrina. A tubulação atual foi instalada na década de 1960. Para execução deste novo traçado serão investidos R$ 10,2 milhões pela Sanepar. A responsável, contratada pela companhia, é uma empreiteira de Astorga.

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