Novo Complexo de Fiscalização e Monitoramento vai funcionar na sede da diretoria de Trânsito da CMTU; filmagens poderão ser compartilhadas com as forças de segurança
Novo Complexo de Fiscalização e Monitoramento vai funcionar na sede da diretoria de Trânsito da CMTU; filmagens poderão ser compartilhadas com as forças de segurança | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

A partir desta terça-feira (1), 30 radares entram em funcionamento para fiscalizar o trânsito em Londrina. São 22 nos pontos onde já ficavam antes da finalização do contrato anterior e outros oito em novos locais definidos pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). Nos próximos meses o número de equipamentos vai chegar a 65. O serviço retorna depois de quase um ano sem fiscalização eletrônica na cidade, desde que o vínculo com uma empresa foi firmado, mas acabou questionado no TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O tribunal só autorizou a retomada da licitação em março. Além disso, nesta primeira etapa, serão mais 20 câmeras de videomonitoramento, uma novidade na contratação. A quantidade vai dobrar até o final do ano, totalizando 40. Nesta terça serão ligadas oficialmente cinco, com as demais sendo ativadas em até 15 dias. Os aparelhos ficaram interligados a uma central no departamento de Trânsito, na avenida Portugal, 24 horas por dia.

Segundo o presidente da CMTU, Marcelo Cortez, o objetivo é dar ampla divulgação dos locais com radares, rebatendo o argumento usado por parte dos motoristas que sugerem uma suposta “indústria da multa”. “Fizemos ações em cada local que será implantado para que a população tenha conhecimento. Não queremos que as pessoas sejam surpreendidas. A intenção é cada vez mais trazer fluidez ao trânsito, segurança para o pedestre e motorista. Queremos uma Londrina mais segura, com menos óbitos, colisões e menos pessoas machucadas ocupando os hospitais”, defendeu.

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NOVOS LOCAIS

Entres os novos pontos contemplados com a fiscalização por meio do equipamento, neste primeiro momento, está a avenida Eurico Gaspar Dutra, na entrada no conjunto Cafezal, na zona sul. “Lugar onde foram registrados atropelamentos com gravidade e existiam vários pedidos da comunidade. Estes novos locais (com radares) são de grande fluxo de pessoas, com alta velocidade. São locais que não poderiam ser corrigidos somente com lombada. Temos dificuldades também em relação a algumas normas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que impedem a lombada em alguns lugares”, apontou.

Durante o período que o município ficou sem radares houve uma redução significativa nas multas emitidas. No ano passado, por exemplo, foram 29.828 registros via os aparelhos fixos e móveis contra mais 59 mil em 2019. Por outro lado, o número de pessoas que perderam a vida na área urbana cresceu, passando de 35 para 44 mortes, no ano passado.

Imagem ilustrativa da imagem Radares e câmeras de monitoramento entram em funcionamento nesta terça
| Foto: Folha Arte

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SEGURANÇA

As câmeras de videomonitoramento, com movimentação em 360º, foram colocadas em localidades com grande fluxo de pessoas e veículos, como o cruzamento da avenida Dez de Dezembro com a rua Potiguares; avenida Juscelino Kubitschek com rua Goiás; e Saul Elkind esquina com a Francisco Gabriel Arruda. As imagens serão utilizadas no trânsito para eliminar gargalos momentâneos e até mesmo promover ações de melhorias a partir da observação. “Todos os agentes possuem GPS nos palms para que possamos saber a localização exata deles e assim tenhamos otimização no serviço e com diminuição dos custos ao poder público.”

As filmagens destes equipamentos poderão ser compartilhadas com as forças de segurança, como a PM (Polícia Militar) e GM (Guarda Militar). Contanto com a estrutura da guarda Londrina terá 469 câmeras no total. “São câmeras de alta resolutividade. Os próprios radares têm alta resolutividade. Um carro roubado hoje em Londrina, a partir desse monitoramento, joga no computador a placa do veículo e o radar vai buscar por onde passou. Vai evitar furtos, roubos, tem condição de fazer identificação facial das pessoas”, destacou o prefeito Marcelo Belinati.

Outros órgãos também terão as imagens e dados à disposição para possíveis intervenções, como o Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) e secretaria municipal de Obras. A empresa responsável pelos dispositivos, que venceu a licitação, vai receber R$ 7,2 milhões do poder público no prazo de um ano.

Os equipamentos foram instalados na Diretoria de Trânsito, onde foi construída a estrutura para abrigar a Central de Fiscalização e Monitoramento Eletrônico, locada, com a infraestrutura necessária para o monitoramento, recepção de imagens/vídeos da estrutura externa, processamento de dados para análise, lavratura de autos de infração de trânsito e emissão de alertas.

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