Os danos causados pelo fogo que consumiu parte do Supermercado 88 na madrugada de segunda-feira (28), ainda despertam a curiosidade de quem passa pela avenida das Maritacas, no jardim Indusville, na zona leste de Londrina. Mesmo com as portas fechadas, há uma movimentação de clientes na esperança de poder fazer compras. O acesso ao estabelecimento está limitado com faixas amarelas no entorno e nesta manhã de quarta-feira (30) um dos colaboradores orientava os clientes, sem citar uma data para reabertura.

De longe, dava para ver os funcionários fazendo a limpeza de máquinas e equipamentos. Elisabete Cabral, que mora próximo ao supermercado, saiu de casa na expectativa de comprar itens básicos, mas teve que retornar para a casa de mãos vazias. “Frequento esse mercado quase todos os dias. Fiquei sabendo do incêndio no dia seguinte e o sentimento é de revolta pelo que aconteceu. O atendimento e os produtos daqui são muito bons. Muita gente depende desse mercado, assim como os próprios funcionários”, comenta.

Imagem ilustrativa da imagem Proprietário do Supermercado 88 prevê reabertura em quatro meses
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

Uma vendedora que trabalha ao lado do supermercado informa que a opção mais próxima para compras é do outro lado da rodovia, cerca de 30 minutos de caminhada. “Aqui no bairro todo mundo só fala nisso porque o mercado é referência para muita gente, principalmente pela qualidade das carnes. Tem pessoas que vêm de Ibiporã só para comprar aqui”, afirma Renilsa da Cruz.

A dona de casa Maria Adoleide, que mora no bairro há 16 anos, lamenta não poder contar tão cedo com os produtos que comprava semanalmente na unidade. “A gente sabe que houve estragos, mas sempre fica com a esperança de poder comprar aquilo que a gente está acostumado. Vim para a lotérica e se a loja estivesse funcionando ia aproveitar para compras a comida da semana", conta.

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O proprietário do supermercado, Otacílio Ribeiro Vieira, disse que já está em contato com a seguradora para saber quais medidas devem ser tomadas. Recentemente foi iniciada uma reforma no espaço, com a construção de uma nova infraestrutura para receber o estabelecimento e também lojas. “Todos estão trabalhando a mil por hora para abrir uma nova loja. Nós não estamos mortos e se Deus quiser, nós vamos voltar ainda mais fortes do que éramos dentro de uns 120 dias”, diz.

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