A Prefeitura de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) retomou a construção do lago Beltrão Park. Em 2019, a ideia se tornou polêmica e dividiu opiniões após o município encaminhar à Câmara de Vereadores um projeto de lei pedindo autorização para contratar empréstimo de até R$ 6,6 milhões junto à Caixa Econômica Federal. Na época, o poder público argumentou que o dinheiro também seria usado para outras intervenções, como ciclovia por um longo trecho. No entanto, o pedido foi rejeitado pelos vereadores.

À frente da nova administração, o prefeito José Maria Ferreira calcula que a obra deverá custar cerca de R$ 450 mil, com os serviços focados apenas no lago. “Precisamos fazer a limpeza do lago, criar toda a caracterização e também a parte urbanística. Vai requerer iluminação, pista de caminhada no entorno e mobiliário”, elencou. A barragem e a passagem de pedestres foram executadas no governo anterior.

O chefe do Executivo afirmou que será utilizado dinheiro da prefeitura, no entanto, serão buscados recursos nos governos estadual e federal, além de emendas parlamentares. A expectativa é que a inauguração aconteça em novembro, caso não haja intercorrências, como a falta de verba e os períodos de chuva. “Estamos fazendo com maquinário da prefeitura e teremos que licitar grama, flores e equipamentos”, destacou.

Com o espaço entregue, a proposta é incrementar com atividades para atrair mais pessoas, como pedalinho, remo e caiaque. “Equipamentos que não tenham motor. Nada que seja impulsionado”, adiantou. O lago Beltrão Park foi pensado dentro do contexto do loteamento residencial que leva o mesmo nome.

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MAIS LAGOS

Segundo Ferreira, a intenção é construir outros dois lagos em Ibiporã, nas regiões norte e sul. Na zona norte, a estimativa é que sejam necessários R$ 3,5 milhões para que saia do papel. O projeto, que é da década de 1990 e está sendo refeito, prevê a edificação de duas barragens, quadra de esportes, pista de skate, entre outros espaços. Será preciso promover desapropriações. Na zona sul, uma área foi deixada próxima aos bairros Jamil Sacca e Miguel Petri para se transformar em lago. O terreno tem 250 mil metros quadrados.

“Vai dar qualidade de vida para a população e ofertar locais para que as pessoas possam agregar, se encontrar e fazer exercícios, com áreas de ginástica ao ar livre. Queremos priorizar o lazer e a vida mais próxima da natureza”, afirmou o prefeito.

CENTRO

O planejamento que envolve os lagos faz parte de um programa que ainda contempla a revitalização do centro da cidade, tendo como ponto de partida a escola municipal Carlos Augusto Guimarães. “O Beltrão (como a escola é conhecida) tem mais de 70 anos. A intenção é repaginar, melhorar calçadas, nova quadra de esporte e construir um planetário, o que vai atrair as pessoas para o centro. Isso vai exigir melhorias no entorno da praça central.”

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