Imagem ilustrativa da imagem OAB Londrina emite nota de repúdio após mulher ser resgatada de buraco
| Foto: Divulgação/Defesa Social

A Comissão das Mulheres Advogadas juntamente com a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados) da Subseção de Londrina se manifestaram após uma mulher ter sido resgatada de um buraco em terreno baldio da rua Chile, na Vila Brasil, região central.

A nota de repúdio expressa apoio à todas as mulheres que conseguem romper a violência e denunciar seus agressores e cita a ocorrência de quinta-feira (15), quando uma mulher de 32 anos foi agredida e abandonada em um buraco fechado com uma tampa de cimento e entulhos de construção para não chamar a atenção.

De acordo com informações da Guarda Municipal, que atendeu a denúncia anônima, a vítima ficou presa por quase 12 horas no local e apresentava ferimentos na cabeça, rosto, barriga, pernas e estava com as duas mãos quebradas. O informante disse à patrulha que a mulher estaria pedindo por socorro. Ela foi resgatada em estado de choque e foi encaminhada para a Santa Casa de Londrina.

"O caso demonstra extrema crueldade, caracterizado em razão da desigualdade de poder entre os gêneros masculino e feminino e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias, bem como menosprezo pela figura feminina. É preciso impedir que o que ocorreu no último dia 15, jamais se repita! Há uma necessidade premente da desconstrução da cultura machista e patriarcal que discrimina a mulher, principalmente, aquelas que se encontram em condições vulneráveis. É hora da sociedade dizer basta!", diz a nota.

O texto assinado pela presidente da Comissão Mulheres Advogadas OAB Londrina, Jaqueline A. Amendola Heinzl e pela presidente Comissão Direitos Humanos OAB Londrina, Agda Fernanda Pietro Santana, cita que "a violência contra as mulheres constitui grave violação dos direitos humanos! Toda a sociedade deve dar respaldo a essa mulher, e todas as mulheres que são submetidas às diversas formas de violência para que recebam do Estado a atenção, os cuidados e o suporte efetivos para retomarem livremente o curso de suas vidas. As convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, em particular a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará), adotada em 1994, consignam que a violência contra as mulheres constitui grave violação dos direitos humanos".

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DENÚNCIAS E AJUDA

As vítimas de violência doméstica ou as pessoas que testemunharem atos de violência contra a mulher podem denunciar as agressões pelo Disque 180, pela Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, no Disque 153 e na Polícia Militar do Paraná pelo 190, que são serviços 24 horas por dia.

Na DEAM (Delegacia Especializa no Atendimento à Mulher) é possível denunciar ou pedir ajuda pelo (43) 3322-1633, que também recebe imagens, áudios e vídeos por Whatsapp, ou pelo e-mail [email protected]. Quem preferir pode ir pessoalmente na Rua Almirante Barroso, 107. Já a Delegacia de Plantão da Polícia Civil fica na Avenida Santos Dumont, 422, próximo à rotatória da Avenida Juscelino Kubitscheck, e atende 24 horas.

Para casos de violência com grave ameaça e risco de morte, as vítimas e seus dependentes menores de 18 anos devem recorrer a Casa Abrigo Canto de Dália, que as acolhe em local seguro e sigiloso. Para isso, deve ser procurado primeiro o CAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), pelo telefone 3378-0132, e-mail [email protected] ou pessoalmente na sede que fica na Av. Santos Dumont, 408, ao lado do 2º Distrito da Polícia Civil, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Após o fechamento do CAM, se a mulher necessitar ser abrigada -por estar em situação de violência doméstica com ameaça de morte-, a SMPM tem o plantão 24 horas. A mulher deve procurar o 2º Distrito Policial (Central de Flagrantes), que entrará em contato com os plantonistas. (com informações do N.Com)

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