Roberta Queiroz, secretária de Assuntos Jurídicos, destaca a importância do estudo para o município: “ele traz informações mais fiéis de aspectos econômicos, sociais e ambientais, um prognóstico que ajuda na tomada de decisões e nas mudanças que serão feitas pelo Executivo”.

Os primeiros resultados da pesquisa a respeito do saneamento básico de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) foram divulgados. A pesquisa abrangeu diversos tópicos, como a coleta de lixo, coleta seletiva, rede de esgoto, fossas sépticas e a sugestão de discutir sobre educação ambiental nas escolas. Os dados e informações coletadas vão ajudar a definir os próximos passos, como a regulamentação de locais para descarte de entulhos e a criação de ecopontos.

A pesquisa contou com mais de 620 respostas, sendo que 85% da participação foi feminina. Marcos Rodrigues, engenheiro ambiental do Itedes (Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Social), responsável pela pesquisa, explicou que a participação da população foi distribuída uniformemente entre os bairros e regiões da cidade.

Segundo a pesquisa, 77% dos participantes acreditam que o valor da tarifa de água é alto. “A maior parte da população não sabe identificar o que está incluso nessa tarifa de água, então precisamos identificar para que as pessoas entendam como isso funciona”, ressalta.

COLETA SELETIVA

Em Cambé, cada habitando gera cerca de 800 gramas de resíduos por dia - a média é menor que a nacional (superior a um quilo). Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 2,3% dos resíduos sólidos domiciliares são reciclados. “Algumas pessoas responderam que não sabem ou que não tem a coletiva seletiva nos bairros em que elas residem. O primeiro passo vai ser verificar essa informação e, caso seja verídica, trabalhar para que o caminhão passe em todos os bairros da cidade”, sugere Rodrigues.

ECOPONTO

Na pesquisa, uma ideia aprovada pelos participantes foi a criação de um ecoponto em um local central do bairro. “Tivemos uma resposta muito positiva sobre isso, então é algo que podemos iniciar com testes, em um ou dois bairros, e depois ir ampliando esses ecopontos”, ressalta o engenheiro.

Como sugestão, os tópicos mais comentados foram a respeito da coleta seletiva e da necessidade de discutir sobre educação ambiental, principalmente nas escolas.

LEIA TAMBÉM:

= Um refúgio em Cambé para crescer com dignidade

= Warta em Cambé? Lei quer resolver divergências territoriais

FOSSA SÉPTICA

Outro dado que foi levantado pelo estudo é a abrangência da rede de esgoto e as fossas sépticas. De acordo com a pesquisa, em Cambé, 81,5% das pessoas têm rede de esgoto na sua residência, mas 28,5% também dizem ter fossas sépticas também. “Com isso, a gente percebe que mesmo com a rede de esgoto, muitas pessoas também têm uma fossa nas residências”, explica Rodrigues.

Beto Amaral, secretário de Agricultura e Meio Ambiente, explica que o diagnóstico vai ajudar a prefeitura a localizar muitas coisas que precisam ser corrigidas. “Entender o ponto de vista da população é muito importante, já que é uma visão diferente da que a gente tem”, ressalta.

Roberta Queiroz, secretária de Assuntos Jurídicos, destaca a importância do estudo para o município: “ele traz informações mais fiéis de aspectos econômicos, sociais e ambientais, um prognóstico que ajuda na tomada de decisões e nas mudanças que serão feitas pelo Executivo”.

As informações coletadas junto à população devem compor a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico de Cambé. O plano é uma exigência da Lei 11.445, de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para as condições de saneamento básico dos municípios. (Com informações da Secom Cambé)

¨¨¨¨

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.