A cada duas semanas, em média, funcionários da Londrina Iluminação precisam sair às ruas para consertar e repor materiais furtados ou depredados na cidade que envolvem a iluminação pública. De janeiro até a última quarta-feira (8), a empresa pública contabilizou 23 furtos ou casos de vandalismo relacionados à fiação em praças e ruas. Ao todo foram levados 4.135 metros de cabos, além de avarias em 26 caixas de passagem, 16 eletrodutos e quatro projetores, gerando um prejuízo que passa dos R$ 20 mil.

No início deste mês, parte da fiação do centro de esporte e lazer do Lagoa Dourada foi desenterrada e levada
No início deste mês, parte da fiação do centro de esporte e lazer do Lagoa Dourada foi desenterrada e levada | Foto: Pedro Marconi - 01/12/2021

Em cada situação é registrado BO (Boletim de Ocorrência). “Para nós gera um transtorno. Poderíamos realizar outros serviços, mas temos que deslocar equipes. É um serviço que demora para ser corrigido e esse local fica apagado enquanto isso, trazendo riscos para a segurança”, destacou Helder Cavalcante de Oliveira, gerente de Operações.

Quando ocorre um furto de fiação de iluminação, a empresa é acionada para promover os reparos por três meios: canais de atendimento abertos à população, com aplicativo ou site; rondas dos próprios funcionários; e alertas da prefeitura. “É importante que a população, caso veja o furto, informe primeiro a GM (Guarda Municipal) ou a PM (Polícia Militar) para que possam chegar e atuar em cima desses vândalos e ladrões. Posteriormente nos comunica sobre o fato para que possamos reestabelecer no menor tempo possível”, orientou.

Os fios e demais materiais que têm sido furtados são de cobre ou alumínio. O principal alvo dos criminosos é a área central, como a praça da Bandeira, com três registros neste ano, e a praça Rocha Pombo e rua Sergipe, com dois cada. Dos 23 episódios criminosos, 16 foram no centro.

“Teve uma crescente nos furtos, principalmente na região central. É uma área com muitos moradores de rua, usuários de drogas. Impactou no aumento de furtos da região. Fazem os furtos de madrugada, poucas pessoas veem. É um prejuízo que é pago pela contribuição da iluminação pública. Repasse que vem da população, ou seja, o prejuízo é para toda a população”, lamentou.

Em setembro, a FOLHA mostrou que parte das praças Rocha Pombo, Willie Davis e da Bandeira, além da Alameda Miguel Blasi e o Bosque Central, ficaram no escuro após o furto de cabos de iluminação. No início deste mês, a fiação do Centro de esporte e lazer do Lagoa Dourada, na zona sul, foi levada em vários pontos. Criminosos chegaram a escavar para pegar os fios que estavam numa caixa abaixo da grama.

TENTANDO DIFICULTAR

Segundo Oliveira, a Londrina Iluminação tem adotado algumas medidas para tentar inibir os crimes. “Tentamos tampar todos os acessos possíveis a esses cabos, concretamos caixas de passagem, fazemos passagem subterrânea, colocamos caixa de proteção nos equipamentos mais sensíveis”, elencou. Entretanto, como o caso do Lagoa Dourada, nem sempre funciona.

O gerente de Operações ainda detalhou que, independentemente da quantidade de fio levada, a dificuldade na correção é a mesma. “O maior prejuízo não é nem tanto pela reposição do material, mas sim pela reparação do dano: escavar, reforçar, trocar produtos. É um trabalho bem minucioso e complexo.”

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