Às vésperas do enceramento da campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil, Londrina tem apenas 50,6% das crianças de um a quatro anos imunizadas. Esta faixa etária na cidade é estimada em cerca de 30 mil meninos e meninas. A meta era de que, pelo menos, 95% do público-alvo estivesse vacinado. Nos últimos dois meses, a prefeitura fez ações em shoppings e nas escolas públicas e particulares, no entanto, o percentual de protegidos cresceu abaixo do esperado.

“Não há que se falar em falta de oportunidade, em dificuldade de acesso. São 53 unidades de saúde espalhadas por todas as regiões da cidade, todas vacinando sem agendamento”, lamentou o secretário municipal de Saúde. Felippe Machado também creditou a baixa adesão à onda antivacina que atinge o Brasil e o mundo. “Tudo o que outras gerações fizeram para que chegássemos aqui, livres da paralisia infantil, acaba sendo colocado em risco”, acrescentou.

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Até a manhã desta quarta-feira (28), o Ministério da Saúde não havia se manifestado sobre a possibilidade de mais ações pontuais da vacinação de poliomielite ou até mesmo uma nova prorrogação da campanha, que acaba na sexta (30). “A vacina continua disponível nos postos, mas dentro do calendário vacinal. A vacina neste momento é de campanha e de forma indiscriminada entre um a quatro anos”.

No Brasil, a cobertura vacinal está em 52%. O número também está aquém no Paraná, com cerca de 60% das crianças imunizadas. Em Curitiba, por exemplo, a vacinação não tinha passado de 40% até a última segunda-feira (26).

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