Incêndio em supermercado de Londrina foi intencional, afirma perícia
Peritos do IC localizaram resquícios de gasolina no interior do estabelecimento; fogo teria começado após arremesso de coquetéis molotov
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 07 de abril de 2022
Peritos do IC localizaram resquícios de gasolina no interior do estabelecimento; fogo teria começado após arremesso de coquetéis molotov
Rafael Machado - Grupo Folha
O Instituto de Criminalística de Londrina concluiu que os suspeitos de incendiar o Supermercado 88, no jardim Indusville, zona leste de Londrina, tiveram intenção de praticar o crime. Durante 10 dias, peritos analisaram destroços do estabelecimento, inaugurado em 2004. Nas amostras recolhidas, os profissionais encontraram resquícios de gasolina, o que confirma a tese da utilização de coquetéis molotov, uma espécie de bomba caseira em que se coloca líquido inflamável em uma garrafa de vidro.
De acordo com o chefe do órgão, Luciano Bucharles, pelo menos 10 artefatos desse tipo foram usados. "Quando há um incêndio, vamos excluindo todas as possibilidades possíveis. Nesse caso, ficou evidente a intencionalidade das pessoas em incendiar o espaço. Além da presença de combustível, recolhemos alguns fragmentos de vidro, demonstrando claramente que o ato foi planejado", esclareceu.
O delegado Jayme José de Souza Filho, do 5º Distrito Policial, havia adiantado à FOLHA que pelo menos cinco pessoas teriam participado da ação. A possibilidade foi levantada depois que investigadores analisaram imagens de câmeras de segurança do supermercado e de comércios vizinhos. A Polícia Civil também confirmou que um dos criminosos teria atirado contra um carro que passava pela avenida das Maritacas e, ao notar as chamas, reduziu a velocidade para ver o que estava acontecendo.
"O fogo começou do lado direito do estabelecimento e dali se espalhou de forma rápida, principalmente por causa dos produtos", apontou Bucharles. Pelo menos até o momento, a polícia identificou quatro crimes: o de incêndio, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Se forem condenados, os autores podem pegar até 17 anos de prisão.
Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1