Imagem ilustrativa da imagem Hospital Municipal de Maringá adota prontuário afetivo
| Foto: Mileny Melo/PMM

Ao entrar nas unidades de Terapia Intensiva do Hospital Municipal de Maringá (Noroeste), os profissionais da saúde agora conhecem um pouco mais sobre os pacientes internados. Com isso, interagem de forma mais empática e comentam assuntos que fazem parte da rotina anterior dos pacientes como hobbies, preferência musical, time de futebol do coração e até mesmo quem são as pessoas que esperam sua alta.

Esse procedimento foi possível com a implantação do Prontuário Afetivo, que é fixado próximo ao paciente e contém informações repassadas por parentes. O Prontuário Afetivo torna a relação paciente-equipe mais próxima e humanizada, acalma os familiares e contribui para o restabelecimento dos internados.

“A UTI é um ambiente de muita tensão emocional. Os profissionais que atuam nesse setor precisam enfrentar o medo do contágio, o sofrimento diante de tantas perdas e angústia de ver as famílias separadas. É simples e prático, mas tem sido um aliado no tratamento dos pacientes da Covid-19”, explica Angelica Capellari, gerente operacional do HMM e responsável pela implantação do projeto. Segundo ela, as informações são repassadas por familiares durante a ligação de rotina realizada pela equipe de psicologia do HMM e transcritas em uma folha de papel enfeitada com canetinha.

A enfermeira e coordenadora da UTI, Francielle Constantino relata que, após a implantação do Prontuário Afetivo, as equipes passaram a ter momentos de alegria, pois cantam, dançam, oram e até imitam animais. “Tudo para levar ao paciente um pouco do que ele gostaria de estar sentindo ou fazendo se estivesse em sua casa com seus familiares”. A ação foi inspirada no projeto da médica reumatologista Isadora Jochim, do Hospital Universitário de Brasília.

Imagem ilustrativa da imagem Hospital Municipal de Maringá adota prontuário afetivo
| Foto: Mileny Melo/PMM

Conteúdo de alguns cartazes (nomes fictícios):

Prontuário da Leila, de 22 anos: neta querida da vó Jacyra, amor do Matheus, irmã coruja do Cristian, gosta de sair com a família, de dançar, tem muitos amigos que estão torcendo por sua recuperação

Marinês, 49 anos: avô coruja do Juliano, gosta da natureza e de ir à chácara aos domingos, cachorrinho Pituca está com saudades

Valdete, 56 anos, boa mãe e esposa, prestativa, ama o cheirinho do neto Pedro, gosta de assistir novela, mulher de fé.

Claudecir, 61 anos, gosta de futebol e de mexer com plantas (Com informações da PMM)

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