Quem vê um filhote de Pastor Belga Malinois brincando durante ações de policiamento do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar do Paraná) nem imagina o tamanho da responsabilidade que esse pequeno já carrega. "Ele será usado na localização de drogas, armas de fogo e cigarros" comenta tenente Beiger, comandante do Pelotão de Operações com Cães do BPFron e condutor de Ethan, filhote de pouco mais de cinco meses.

Segundo o tenente Beiger, Ethan está em fase de ambientação, conhecendo lugares diferentes e tendo contato com outros cães. Isso é fundamental para o cão começar a se familiarizar com o dia a dia que seguirá. Quando não está na rua com as equipes o pequeno fica no canil do batalhão em treinamento.

Os cães do Batalhão da Fronteira participam de diversas missões na região de fronteira, principalmente na localização de drogas, cigarros e até armas de fogo que entram de forma de ilegal no país.

O Pelotão de Operações com Cães do BPFron (em Marechal Cândido Rondon, no Oeste) foi o canil do Paraná que mais apreendeu maconha em 2021. A missão do novo integrante do canil é contribuir para que os números cresçam.

Imagem ilustrativa da imagem Ethan é o novo integrante do Pelotão de Operações do BPFron
| Foto: Fotos: Divulgação - Batalhão da Fronteira

COMO É O TREINAMENTO

Sobre a forma de treinamento, o tenente Beiger desmistifica algo que é comum se ouvir sobre o tema: que o cão ingere drogas. Segundo ele, o cão é treinado para localizar um brinquedo, algo que ele goste muito, de modo que é feita a associação desse brinquedo com o odor de uma substância específica. Assim, quando o cão indica a presença de uma substância em um ambiente, o condutor faz "aparecer" o tão esperado brinquedo e o cão é liberado do trabalho para se divertir.

"É por associação, ele sente o odor, mas não entra em contato com a droga, o mesmo acontece quando sentimos um cheiro, por exemplo, não precisamos entrar em contato com a substância. Nem os animais nem os humanos no treinamento possuem contato com essas substâncias, que podem ser tóxicas", explica o tenente Beiger.

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DE CURITIBA

Ethan veio para o BPFron por meio de contato com a Companhia de Operações com Cães da PM do Paraná localizada em Curitiba.

Imagem ilustrativa da imagem Ethan é o novo integrante do Pelotão de Operações do BPFron
| Foto: Divulgação - Batalhão da Fronteira

O pequeno já participou de várias apreensões de cigarros e drogas desde que chegou no Batalhão da Fronteira, em janeiro. Neste primeiro momento ele acompanha outros cães da unidade já treinados nas buscas de produtos ilícitos durante as operações do Batalhão. Em breve irá compor uma equipe policial para atuar no policiamento de fronteira em definitivo, por cerca de seis anos, tempo médio de trabalho de um cão policial. Depois, com a sua "aposentaria" poderá descansar vivendo com seu adestrador fora da polícia, pessoa com quem vai criar fortes laços ao longa de sua vida de trabalho. (Com informações do BPFron)

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