Jataizinho - Um ano após o fim dos contratos com as concessionárias de pedágio, o DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) assumiu, no fim de semana, o último trecho de rodovia que faltava, que era o lote um do antigo Anel de Integração. São cerca de 342 quilômetros de estradas no Norte e Norte Pioneiro - na região a principal é a BR-369 -, que estavam sob os cuidados da Econorte.

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A empresa continuou prestando assistência hospitalar e guincho nos últimos 12 meses, mesmo sem cobrança de pedágio, devido à não execução de uma obra de viaduto em Jacarezinho (Norte Pioneiro). O DER-PR contratou uma terceirizada para oferecer atendimento de guincho e fazer a inspeção de tráfego. O contrato é de 12 meses, com um valor de R$ 13,2 milhões. Os acidentes serão atendidos pelo Corpo de Bombeiros e Samu, assim como já ocorre em outras rodovias.

Segundo o departamento, o lote contempla duas ligações entre Londrina e São Paulo, pela BR-369, rumo a Ourinhos, e pela PR-445, rumo a Assis; um trecho da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) entre Jacarezinho e Santo Antônio da Platina; e as ligações entre Jataizinho e Assaí e entre Ibiporã e Sertanópolis, ambos trechos da PR-090.

O Centro de Operações Integradas deverá ser acionado pelo telefone 0800 400 0404 em casos de acidentes, pane, quedas de carga, animais soltos na pista, materiais no asfalto e buracos. As chamadas serão recebidas 24 horas por dia. “Com o tanto de dinheiro que a Econorte arrecadou no pedágio poderíamos ter uma situação melhor de rodovia. Mas em relação a guincho e socorro médico, isso sempre funcionou bem. O DER tem que manter essa agilidade”, comentou o entregador Roberto Matos.

MANUTENÇÃO

O Departamento de Estradas de Rodagem no Estado destacou que mantém cinco contratos para manutenção das rodovias até dezembro do ano que vem. Entre as atividades realizadas estão reperfilagem, controle da vegetação próxima ao pavimento, limpeza e recomposição da sinalização e dispositivos de segurança viária.

Somente na Superintendência Regional Norte são atendidos 230,29 quilômetros, contemplando todas as rodovias estaduais do antigo lote um (Econorte) e do lote dois (Viapar). O custo neste contrato é de pouco mais de R$ 27 milhões.

PRAÇA DE JATAIZINHO

Enquanto existe a garantia de manutenção de conservação das estradas e socorro médico e aos automóveis, o mesmo não pode ser dito da praça de pedágio desativada de Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina). O cenário no lugar é de completo abandono e destruição. As cabines foram totalmente vandalizadas, com vidros estilhaçado, portas quebradas e os fiação elétrica furtada.

Praça de pedágio desativada virou cenário de destruição
Praça de pedágio desativada virou cenário de destruição | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

A responsabilidade pelo cuidado do espaço é do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). “Está horrível desse jeito, dá medo de passar aqui a noite. Poderiam isolar com tapumes para evitar invasões e que saiam quebrando tudo”, afirmou o caminhoneiro Josué Geraldo Domingues. “Está feio, tudo largado. Sou contra pedágio, mas se construíram e vai ter mais gente cobrando, poderiam desmontar e depois construir outro, quando voltar a cobrança”, sugeriu a vendedora Ana Cristina Duarte.

Em nota, o DNIT garantiu que vai adotar medidas de segurança no local. Entre as ações estão a vedação das instalações na tentativa de coibir possíveis furtos do que sobrou e também mais danos à estrutura. “A autarquia trabalha para o restabelecimento da energia elétrica e, consequentemente, da iluminação da praça”, destacou. “Importante salientar que questões relacionadas à segurança pública nas rodovias federais devem ser direcionadas à PRF (Polícia Rodoviária Federal)”, informou no texto.

Atualizada às 13h17 de 29/11/2022

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