No mural das graças da Paróquia Santa Rita de Cássia, na zona leste de Londrina, os agradecimentos estão aumentando a cada dia. “Com a pandemia de coronavírus estamos vendo muita gente vindo rezar e agradecer os recuperados da Covid. É um momento em que as pessoas se apegam muito à fé e têm alcançado muitas graças na vida como, por exemplo, na área financeira, mas especialmente na saúde”, comenta o padre Edivan dos Santos.

Imagem ilustrativa da imagem Covid faz aumentar devoção a Santa Rita de Cássia em Londrina
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

Diante da pandemia, as celebrações são realizadas com um público de fiéis reduzido, mas o pároco afirma que muitas pessoas têm ido à Paróquia Santa Rita de Cássia em diferentes horários, sozinhas ou na companhia de parentes, em busca de bençãos e para agradecer. “Porque ela é a santa de causas impossíveis. Todo o sofrimento que as pessoas estão vivendo na pandemia tem refletido na Igreja porque elas têm fé”, diz.

Nesta semana, uma programação - presencial e on-line – tem atraído ainda mais fiéis à paróquia. Neste mês é celebrado o Dia da Padroeira (22 de maio) e como todos os anos uma programação especial é realizada durante uma semana.

As celebrações começaram no último dia 13 e seguem até o sábado (22), quando serão celebradas cinco missas ao longo do dia. Uma delas, a partir das 15h, será conduzida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz. “O mês de maio é muito bonito dentro da Igreja. A festa de Santa Rita é no sábado, mas estamos há dias celebrando com novenas, missas, terço e gestos sociais também, como um bazar beneficente e uma carreata que realizamos no dia 13. Reunimos cerca de 40 veículos e fomos até o HU (Hospital Universitário) para rezar pela saúde dos enfermos, seus familiares e dos profissionais da saúde. Distribuímos rosas que simbolizam o amor, o carinho, a acolhida”, conta.

O pároco lembra que a devoção de Santa Rita de Cássia já tem 600 anos de história e ela se mantém forte no Sul do País pela presença de imigrantes italianos e seus descendentes. “Também são muitos padres italianos que vieram trabalhar nessas regiões, como em Londrina. Santa Rita é de devoção mundial na Itália e ela entrou no coração dos brasileiros”, completa.

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TESTEMUNHOS

Alguns testemunhos de devotos de Santa Rita de Cássia são publicados no site da Paróquia. Um deles conta a história de uma jovem de 31 anos, que fortaleceu sua devoção em 2018, quando começou a apresentar sintomas como manchas no corpo, ansiedade, aumento de peso, irritabilidade, insônia, cansaço e inchaço. Por meses, ela foi tratada erroneamente e passou por diversos especialistas.

Ao rezar bastante para Santa Rita, pedindo que a santa ajudasse no diagnóstico, a jovem logo em seguida teve a resposta para sua doença rara: Síndrome de Cushing, que demandou uma cirurgia e um longo tratamento com remédios. Hoje, ela afirma que está curada.

Outro testemunho também fala sobre cura. Uma mulher buscou a intercessão da Santa para ajudar a mãe que sofria com eczema e tromboflebite nas duas pernas. Pela idade avançada, de 89 anos, o médico não deu muitas possibilidades de tratamento, apenas medicações para dores. Preocupada, ela visitou a Paróquia Santa Rita de Cássia, participou das novenas e pedia a cura da mãe com muita fé. “De volta ao médico, ele, admirado, diagnosticou que não havia mais ecsema e nem tromboflebite em suas pernas. Foi milagre de Jesus, nosso Senhor, por intermédio de Santa Rita de Cássia”, escreveu.

Padre Edivan dos Santos
Padre Edivan dos Santos | Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

PROGRAMAÇÃO

Dia 22/05 - Rota dos Santuários - a partir das 5h um grupo partirá do Santuário São Judas, passando por todos os Santuários de Londrina e terminando no Santuário Santa Rita de Cássia.

Dia 22/05 - Dia de Santa Rita - haverá cinco missas. A celebração com o arcebispo Dom Geremias será às 15h. O público poderá acompanhar pela internet e presencialmente (por ordem de chegada e em cumprimento à capacidade de ocupação). Também haverá atendimento de confissões, momento de oração, terço e coroinha de Santa Rita, momento de pregação e louvor, praça de alimentação, pães e bolos de Santa Rita, além do comércio de artigos religiosos.

A Paróquia destaca que todas as atividades cumprem as normas de prevenção contra a Covid-19. Mais informações no site da paróquia

PROJETO RUMO AO SANTUÁRIO

Desde 2018, a Paróquia Santa Rita de Cássia de Londrina está com o projeto Rumo a Santuário e conta com a ajuda da comunidade para se tornar um local permanente de dar e receber indulgências pelas penas dos pecados e pelos falecidos.

Mesmo com a pandemia, a prática devocional é mantida por meio da novena mensal, Oração do Terço de Santa Rita, Missa com Novena perpétua de Santa Rita, missas diárias, atendimento de confissões. Eventos virtuais também têm mantido a Igreja junto aos devotos, incluindo o Programa Bençãos de Santa Rita, com transmissões pelas mídias digitais.

Atualmente, a Paróquia está em reforma para melhoria das estruturas físicas e pastorais, entre outras. Também será construída uma Ermida de Nossa Senhora Aparecida, os jardins de Santa Rita, e o memorial de Dom Albano, oratório de São José, entre outros. As obras mais importantes nesta última fase, antes de oficializar o pedido ao arcebispo Dom Geremias Steinmetz, são o confessionário e a sala de atendimento.

Para participar da campanha “Doe Rosas à Santa Rita e Construa seu Santuário em Londrina” é preciso preencher um formulário no site da Paróquia, escolher o valor e a forma de contribuição. O formulário pode ser deixado na secretaria ou no plantão do dízimo ao final das missas. Aqueles que contribuírem receberão um mimo de Santa Rita e o nome da pessoa irá para o Livro de Ouro do Santuário, apresentado no Altar nas missas do dia 22 de cada mês. Mais informações no site santaritalondrina.com.br/doe-rosas

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NASCEU EM 1381

Conhecida como a santa das causas impossíveis, Santa Rita de Cássia desde a infância se interessava pela religião e dizia que, ao rezar, um Anjo descia do céu para visitá-la. Seu verdadeiro nome era Margherita. Ela nasceu em uma pequena aldeia na prefeitura de Cássia, na Itália, no ano de 1381.

Aos 13 anos, manifestou o desejo de se tornar monja agostiniana, mas casou-se cedo para atender ao desejo dos pais. A união era cercada de provação, já que relatos descrevem o esposo como um homem de temperamento rude e bruto. Sua história é contada no site da Paróquia Santa Rita de Cássia de Londrina.

O texto conta que após a morte do pai, os dois filhos do casal quiseram vingar sua morte e Santa Rita orou para que Deus tirasse aquele desejo do coração de seus filhos e confessou que preferia que eles morressem e fossem levados ao Céu do que se sujar com aquele crime. Pouco tempo depois os dois adoeceram por conta de uma peste que assolou a região e faleceram.

Imagem ilustrativa da imagem Covid faz aumentar devoção a Santa Rita de Cássia em Londrina
| Foto: Divulgação

Sozinha, Santa Rita foi em busca de sua antiga vocação de se tornar uma monja agostiniana. Foi negada por três vezes no mosteiro, mas não desistiu e nem deixou de visitar os pobres e enfermos e fazer caridade. Em uma noite ela escutou uma voz a chamando e quando abriu a porta de casa viu os seus santos protetores: Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista.

Eles a conduziram até o convento, que estava com as portas trancadas. As religiosas que haviam recusado Santa Rita ficaram surpresas de vê-la ali rezando na capela sendo que a porta estava fechada. Após esse episódio, ela foi imediatamente aceita na Ordem como serviçal.

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