O caso do paciente suspeito em Londrina com a varíola dos macacos é tratado como inconclusivo pela secretaria municipal de Saúde. Segundo o responsável pela pasta, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) não conseguiu fazer a análise do material coletado na cidade. “Tivemos essa informação da área técnica da Sesa. As coletas aqui se deram de acordo com as orientações dos protocolos técnicos vigentes do Ministério da Saúde, entre coleta, meio de transporte e envio”, declarou Felippe Machado.

No final de junho, o município informou que monitorava um rapaz de 27 anos que havia passado pela Turquia, França e Inglaterra, na Europa, e ao retornar para a cidade buscou atendimento médico com dor de cabeça, diarreia e dor fundo do olho e depois lesões na pele, sintoma característico de Monkeypox. Ele ficou internado em hospital particular e na sequência continuou o tratamento em casa.

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Machado afirmou que a secretaria tentou fazer a recoleta, porém, sem sucesso. “Chamamos o paciente, tentamos fazer uma nova coleta de material, mas para isso é necessário que paciente ainda apresentasse algumas feridas, crostas. No entanto, ele não tinha mais. Já estava de alta, totalmente recuperado, sem maiores prejuízos e não conseguimos recoletar o material”, justificou.

O secretário relatou que agora cabe à Sesa fazer o “fechamento do caso”. “E assim definir se vão, por ventura, considerar caso positivo por vínculo epidemiológico ou vão descartar o caso”.

‘RESULTADO COMPROMETIDO’

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que “em razão da conclusão do laboratório de São Paulo em considerar a amostra imprópria, o resultado do exame ficou comprometido”. “A Secretaria informou o ocorrido para o município de Londrina, que deve agora adotar os procedimentos, podendo, inclusive, considerar o diagnóstico como positivo por meio de diagnóstico clínico, se for o caso”, elencou.

PARANÁ

No Brasil, o primeiro caso da varíola dos macacos foi divulgado em nove de junho, em São Paulo. O Paraná tem dez positivações, todas em Curitiba. Os pacientes são homens com idades entre 25 e 38 anos e que têm histórico de viagem ou contato com caso confirmado. Existem outros 11 casos em investigação no Estado.

A doença é viral e a transmissão entre humanos acontece, principalmente, por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem no rosto e se espalham para outras partes do corpo. Outros sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, calafrios e fadiga.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões, de acordo com a Opas (Organização Panamericana da Saúde). O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. (Com Folhapress)

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