A partir do próximo dia três de março, quinta-feira da semana que vem, os alunos da rede municipal de Londrina terão que obrigatoriamente ir para as escolas. As aulas retornaram em sete de fevereiro, entretanto, durante este mês o presencial era facultativo. Agora, apenas as crianças com documentação médica poderão seguir no remoto, recebendo as atividades para fazer em casa.

Em fevereiro, a Secretaria Municipal de Educação registrou 425 confirmações de Covid-19 entre os estudantes e os funcionários. Responsável pela pasta, Maria Tereza Paschoal de Moraes destacou que nenhum caso teve transmissão dentro do ambiente escolar. “Esse número representa dentro da nossa comunidade educacional, que são 51 mil pessoas (sendo 46 mil alunos e cinco mil funcionários), 0,80%. As transmissões foram sempre fora da escola e isso mostra que a escola é segura”, garantiu.

As unidades aboliram a aferição de temperatura, mas seguem com outros protocolos de segurança, com intervalo em horários diferenciados para evitar aglomerações, utilização de máscara e higienização constante com álcool. “As famílias têm provado o quanto estão preocupadas com a pandemia. Quando as crianças têm sintomas não são enviadas para as escolas, os professores e funcionários não vão. Isso nos dá muita segurança”, pontuou.

Nas últimas semanas, 19 turmas tiveram as aulas suspensas em razão de casos positivos da doença. Ao todo são 2.311 turmas na rede entre educação infantil e ensino fundamental. “Nosso pedido é para que as famílias mantenham contato com a escola sempre. Todos os professores têm celular exclusivo para sala, com número de telefone, grupo nas redes sociais. Não acordou bem, não manda para escola", orientou.

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RECOMPOSIÇÃO

Um dos grandes desafios no retorno das aulas tem sido a recomposição da aprendizagem. Os alunos ficaram cerca de um ano e meio totalmente afastados das salas de aulas diante do perigo do coronavírus. Os maiores déficits foram observados nos anos iniciais, 1º, 2º e 3° ano. Paschoal relatou que a secretaria instituiu um programa para recompor o que não foi apreendido, em que os educadores receberam capacitação.

“Tem criança que deveria estar escrevendo texto e não está. Criança que deveria estar lendo tudo, não está conseguindo. Se tem 30 alunos numa sala de aula, por exemplo, em que dez ainda não estão escrevendo texto ou não estão lendo texto inteiro, esses dez alunos vão ter uma vez por mês, durante uma semana, uma aula diferenciada. É um reforço exclusivo no turno da aula”, detalhou.

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