A empresa Iguaçu Construções e Comércio vai demorar pelo menos mais 30 dias para terminar a ciclovia da rua José Giroldo, no Parque Guanabara, zona sul de Londrina. A obra começou no dia 12 de novembro do ano passado e deveria estar pronta até a última segunda-feira (11), como previa o contrato.

A prefeitura autorizou o aditivo depois de receber um ofício da construtora sobre os motivos do atraso. A Iguaçu argumentou que "houve problema na entrega de materiais para coloração do concreto da pista, além das chuvas que prejudicaram a concretagem de alguns trechos".

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Com custo de R$ 513 mil, a ciclovia tem cerca de 500 metros de extensão e liga a região do lago Igapó II até a avenida Madre Leônia Milito. O projeto inclui também a transformação de um terreno de dois mil metros quadrados do Município em praça.

Apesar da demora, a terceirizada afirmou, no ofício de 4 de abril, que a construção "apresenta um avanço de mais de 85% em seu aspecto físico, inclusive com todo o jardim, faltando 14 metros cúbicos de concreto pigmentado e a sinalização do trânsito".

Imagem ilustrativa da imagem Atrasada, ciclovia na zona sul de Londrina só deve ser entregue em maio
| Foto: Rafael Machado/Grupo Folha

Antes do secretário de Obras, João Verçosa, permitir a prorrogação, o fiscal do contato analisou o pedido da Iguaçu. Ele concordou apenas com o argumento do período chuvoso.

Sobre o atraso dos materiais contratados, o servidor descreveu, em documento obtido pela FOLHA, que "é de conhecimento da contratada (Iguaçu), desde a licitação, os projetos e cronograma físico-financeiro da construção. Sendo assim, entendemos que contatos com fornecedores e aquisição de itens dependem da administração e planejamento, que são de responsabilidade da empresa".

O secretário de Planejamento, Marcelo Canhada, acredita que o novo prazo será cumprido. "Tenho a grande expectativa de que tudo seja entregue nos próximos 30 dias. Esse tempo também é necessário pra fazer o pagamento e as últimas medições", esclareceu.

PREJUÍZO

A ciclovia da José Giroldo foi uma alternativa para conter a insatisfação de ciclistas que passam pela avenida Ayrton Senna. Há quase dois anos, a estrutura foi substituída pela terceira faixa de rolamento da via, o que gerou protestos da categoria.

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"De maneira geral, o foco do poder público sempre é o veículo. A bicicleta acaba ficando em segundo plano. Essa escolha faz com que propostas de ciclovias demorem mesmo pra sair do papel", observou o coordenador da Associação Mobilidade Ativa e Amigos do Circuito Pé-Vermelho, Luiz Afonso Giglio.

Fundada em outubro de 2020, a entidade reúne ciclistas em duas frentes de trabalho: fomentar políticas de mobilidade urbana e desenvolver trajetos cicloturísticos.

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