Após novo acordo com Estado, único hospital de Jataizinho volta a funcionar

A direção do Hospital São Camilo, o único de Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina), e a 17ª Regional de Saúde entraram em acordo para manutenção do contrato de urgência e emergência até que a prefeitura conclua a estrutura do posto de saúde do centro da cidade, que vai receber os pacientes. Com a parceria novamente selada, o hospital reabriu as portas na tarde desta quarta-feira (16). "Não é o atendimento completo. Não teremos, por exemplo, internamentos ou exames", explicou o advogado Jadson Molina, que representa a instituição.

O vínculo com o Estado prevê um repasse de R$ 40 mil por mês ao São Camilo. "Acredito que vão continuar mandando esse dinheiro pelos próximos 10 dias, período em que município deve começar a atender na unidade básica. Quando isso acontecer, encerraremos de vez as atividades. Esse compromisso dado pelo governo, pelo menos por enquanto, foi apenas verbal", pontuou Molina.

A reabertura é mais um capítulo em uma história marcada por reviravoltas. Ainda nesta quarta, a juíza Sônia Leifa Fuzinato, da Vara da Fazenda Pública de Ibiporã, aplicou três multas na diretoria do hospital pelo fechamento, ocorrido no último sábado. Para interromper os serviços, os responsáveis consideraram que o prazo de carência de dois meses do contrato com o Governo do Paraná tinha acabado no domingo passado. A afirmação levou em conta a data que a 17ª Regional foi comunicada da situação, no dia 13 de abril.

MARATONA DA SAÚDE

Procurada novamente pela FOLHA, a diretora do Departamento de Saúde de Jataizinho, Verônica Gomes, voltou a dizer que está correndo contra o tempo para preencher a escala de médicos que vão atender a população na UBS central. Os profissionais são resultado de um contrato firmado entre a prefeitura e o Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema). Materiais hospitalares foram emprestados por cidades da região. O posto terá uma sala de estabilização para um atendimento inicial a pacientes mais graves, que deverão ser transferidos para municípios com melhor suporte médico.

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