O Ambulatório Municipal de Reabilitação para sequelas pós-Covid-19, implantado pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina no dia 17 de maio, atendeu 62 pacientes, que somaram 189 consultas de retorno para tratamento de reabilitação. O objetivo do Serviço Especializado de Fisioterapia é atender casos graves e moderados, que necessitam de reabilitação o mais breve possível. A partir desta semana o ambulatório começou a oferecer tratamento complementar com auriculoterapia.

Imagem ilustrativa da imagem Ambulatório pós-Covid de Londrina passa a oferecer auriculoterapia
| Foto: Emerson Dias - N.Com

Os pacientes fazem fisioterapia focada na reabilitação funcional, com o objetivo de alcançar independência e autonomia. O trabalho envolve técnicas respiratórias, motoras, com treinamento para ganho de força muscular, alongamentos e condicionamento aeróbico. Além de reabilitação vestibular (para pacientes com vertigem), técnicas de analgesia (para dor), e auriculoterapia, que é uma das Práticas Interativas e Complementares (PIC’s).

Dos 62 pacientes encaminhados para reabilitação, 64,6% são do sexo feminino e 35,4% do masculino, e a maioria dos pacientes que frequentam o ambulatório precisou de internação para tratamento da Covid. Dos sintomas persistentes, após a doença, foram detectadas, principalmente, as seguintes desordens: neurológicas (perda de olfato, paladar, alteração de memória, dor de cabeça); respiratórias (tosse, cansaço, falta de ar; congestão nasal); musculoesqueléticas (dores do corpo); psicológicas (desânimo, ansiedade, pânico, medo, irritabilidade).

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De acordo com a fisioterapeuta e coordenadora do Nasf (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), Kátia Santos de Oliveira, as sequelas observadas nos pacientes variaram de casos leves a graves predominando a dispneia (falta de ar), fadiga e dores no corpo (principalmente dor lombar). Sobre as alterações motoras, há pacientes com fraqueza muscular extrema devido à intubação, com desenvolvimento de polineuropatia, e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Também foram atendidas pessoas com alterações sensoriais, como hipoestesia (diminuição de sensibilidade) e dor, além de queixas emocionais, como pânico/medo e ansiedade. “Estes casos foram encaminhadas para acompanhamento psicológico nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, a partir desta semana, está sendo ofertado, no ambulatório, tratamento complementar com auriculoterapia. Já tivemos pacientes que receberam alta da fisioterapia e estão dando continuidade no processo de reabilitação com os profissionais de Educação Física do ambulatório e outros que já receberam alta no tratamento completo”, contou. A auriculoterapia consiste no estímulo em pontos específicos da orelha.

EQUIPE

O atendimento ocorre no prédio da Policlínica, que fica na rua Brasil, 1.032. É possível atender até 20 pacientes por dia. A equipe é formada por oito fisioterapeutas e três profissionais de Educação Física. Para ter acesso a este serviço, é necessário passar por avaliação do fisioterapeuta ou profissional de Educação Física nas UBS que estão disponíveis para atendimento geral à população.

Dentre os equipamentos disponíveis no ambulatório estão: esteira e bicicletas ergométricas, escada de canto, espaldar, bolas (bobath), caneleiras, halteres, além de recursos de eletroterapia como TENS e ultrassom. (Com informações do N.Com)

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