Aluno de Rolândia é ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia

Rolândia - Arthur Nascimento Pereira da Silva tem apenas 11 anos, mas já pode ser considerado uma estrela quando o assunto é conhecimento e dedicação. Aluno do 5º ano do ensino fundamental da escola municipal Luiz Real, no distrito de São Martinho, em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), ele conquistou a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica deste ano.

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A prova com dez questões foi aplicada em maio para milhares de alunos em todo o Brasil e o resultado oficial foi divulgado há cerca de um mês. Todos os estudantes da Luiz Real participaram da olímpiada, no entanto, Arthur foi o único premiado, com uma nota de 9.6. “Estava difícil, mas estudei antes, me preparei”, contou. O evento é realizado anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira, Agência Espacial Brasileira e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações junto às escolas que se cadastram.

A temática que envolve a astronomia faz parte da grade curricular da escola, mas a instituições adiantou o conteúdo para que os alunos fossem se familiarizando. “São perguntas sobre os planetas, sistema solar, movimentos da Terra. Aplicamos simulados antes”, destacou a professora da turma, Vera Lúcia Mello Gonçalves.

Para a família de Arthur, a notícia da disputada medalha foi motivo de emoção. “Não tive nem palavras para agradecer. O Arthur também ficou muito feliz, tive até que tirar a medalha dele, se não, dormiria com ela”, brincou a mãe, a comerciante Andrea Pereira do Nascimento. A família mora no distrito, onde tem um restaurante. “Ele é muito organizado, é bastante interessado, sempre está fazendo pesquisas no computador.”

O garoto estuda na unidade desde o P5 e é conhecido por ser atento e sempre com um ponto de vista para os debates levados em sala de aula. “O Arthur tem muita facilidade na aprendizagem em geral, tem foco. Tem um acerto muito preciso e está sempre antenado, com uma visão. Não é uma criança alienada”, ressaltou a professora.

INCENTIVO

Na avaliação da direção da escola, a conquista é um incentivo para os demais estudantes. “É um estímulo para continuarem estudando, ainda mais astronomia, o que faz fugir do senso comum de que a escola é apenas para aprender a ler, escrever e fazer conta. Isso gera resultados práticos e para o futuro. É uma realização dos professores, pais e da escola”, valorizou a diretora Anna Amélia Nascimento Ribeiro. A instituição tem 156 alunos, com turmas do P5 ao quinto ano.

Se depender do Arthur e da família, com o apoio da unidade escolar, ele terá outros prêmios para celebrar na adolescência. “Tenho uma filha de 17 anos e sempre incentivo os dois a estudarem, pois, é o que dá futuro”, refletiu a mãe. “Acho legal estudar e gosto muito de matemática”, comentou o medalhista de ouro.

Escola faz ‘álbum da Copa’ contra a evasão escolar

Na escola municipal Luiz Real, em São Martinho, Rolândia, não faltar n aula é sinônimo de “golaço”. Para incentivar a frequência escolar, a unidade lançou o projeto “Craque da minha escola”. As oito turmas receberam um álbum que remete ao da Copa do Mundo do Quatar, que começa no fim de semana, mas ao invés dos jogadores, as estrelas são os 156 alunos, além dos professores e a própria instituição.

A ideia foi da professora de artes Tatiana de Souza Ferreira da Silva, que relatou que a expectativa dos estudantes para verem seus rostos em forma de figurinha já está grande. “Vi uma reportagem em que uma criança não tinha condição de comprar um álbum. Essa é a realidade de muitas crianças de escolas públicas. Sugeri como uma forma de todos terem igualdade e unindo a questão escolar.”

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Os estudantes das turmas que tiverem uma boa frequência receberão um pacote de figurinha por semana. A análise será a partir de um sistema eletrônico, dentro da iniciativa da secretaria municipal de Educação lançada recentemente, “Aluno fora da escola, não”, que busca combater a evasão escolar. “Não é só a defasagem que é prejudicial, mas a criança fora da escola pode enfrentar uma situação de risco, o que é evitado na escola, que está sempre acompanhando”, afirmou a diretora, Anna Amélia Nascimento Ribeiro. São 188 espaços a serem preenchidos.

Além disso, os meninos e meninas também vão completar um álbum coletivo montado no pátio. "Hoje, por exemplo, temos um aluno retido por falta e outros quatro que estamos fazendo busca ativa", citou Anna Ribeiro.

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