Mesmo que o crescimento do ecommerce dê sinais de arrefecimento com o fim das restrições da pandemia, o mercado de condomínios logísticos segue aquecido
Mesmo que o crescimento do ecommerce dê sinais de arrefecimento com o fim das restrições da pandemia, o mercado de condomínios logísticos segue aquecido | Foto: iStock

São Paulo - Ainda que o crescimento do ecommerce dê sinais de arrefecimento com o fim das restrições da pandemia e a condições econômicas estejam instáveis, o mercado de condomínios logísticos segue aquecido. No segundo trimestre de 2022, o segmento registrou um grande crescimento de estoque, com 855 mil metros quadrados entregues em 12 novos complexos e sete expansões, segundo a consultoria imobiliária SiiLA.

Toda essa nova metragem colocada no mercado poderia sinalizar aumento repentino de espaço ocioso, o que seria um problema para o setor. Desde o fim do ano passado, consultores apontam para uma estabilização dos negócios no setor logístico, encerrando o ciclo de euforia iniciado em 2020 com o início da pandemia.

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Poderia ser um problema, mas não foi. Segundo os dados da SiiLA, pelo menos 70% dessa nova metragem entregue já estava pré-locada quando os condomínios abriram as portas. Somente a gigante Amazon, que trabalha no Brasil exclusivamente com ecommerce, passou a ocupar 217,7 mil metros quadrados. A empresa locou galpão no Log Fortaleza II, no Log Recife, em Cabo de Santo Agostinho (PE), e no GLP Cajamar IV.

O monitoramento da empresa indica que 2,1 milhões de metros quadrados em condomínios logísticos sejam colocados à disposição do mercado até o fim de dezembro. Quase metade desse volume já ficou pronto no primeiro semestre.

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Para a consultoria JLL, o novo estoque poderá chegar a 2,4 milhões de metros quadrados. Hoje, o estoque total nesse segmento é de 25,8 milhões de metros quadrados. A taxa de vacância, que define o percentual de espaços disponíveis para locação, está em 9,34% na média nacional, segunda a JLL. Em algumas regiões, porém, pode chegar a quase zero. Em Minas Gerais, ficou em 0,8% no segundo trimestre, diz a JLL.

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