A empresa de Anápolis (GO) que venceu a licitação da coleta do lixo em Londrina começou a operar nesta sexta-feira (25). O contrato tem validade de um ano, com custo de R$ 18,6 milhões. A Sistemma Assessoria e Construções - que vai receber R$ 141,55 por tonelada de resíduo coletado - absorveu praticamente todos os trabalhadores da Kurica, que fazia o serviço na cidade há cinco anos. O contrato anterior venceu na quinta-feira (24).

Segundo a Sistemma e a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), apenas alguns coletores não quiseram continuar. Ao todo, 120 pessoas vão atuar na coleta. A nova empresa também alugou caminhões que já eram utilizados pela Kurica, enquanto veículos zero quilômetros que foram adquiridos recentemente não são entregues.

“O processo licitatório acabou perto do fim do contrato com a Kurica. Assim que fomos declarados vencedores, nos mobilizamos para aquisição de caminhões novos. Mas com a pandemia a indústria automobilística não tem pronta entrega. Locamos caminhões da Kurica enquanto os novos não chegam, o que deve levar de 30 a 60 dias”, explicou Luiz Henrique Ribeiro, diretor operacional da empresa goiana.

O contrato prevê a necessidade de 19 caminhões compactadores, entretanto, durante três meses deverão ficar à disposição 21. “É para evitar problemas e ter trocas rápidas caso tenha essa necessidade. Dos caminhões que já estão rodando, três são novos, que tínhamos no estoque, com três caixas compactadoras”, destacou. “Locamos porque os caminhões atendem as cláusulas contratuais. Depois iremos fazer a substituição porque é mais vantagem para a empresa, pelos caminhões demandarem de menos manutenção”, acrescentou.

LEIA TAMBÉM: Avenida Santos Dumont ganhará mais uma rotatória

De acordo com o edital, os veículos deverão contar com sistema de rastreamento, monitoramento e gerenciamento eletrônico. Em 2021 foram retirados dos domicílios londrinenses, diariamente, entre 400 e 430 toneladas de resíduos orgânicos e rejeito. São mais de 250 mil imóveis no município.

ROTAS

As rotas e os horários que já vinham sendo praticados continuaram os mesmos. “A própria manutenção da mão de obra é para isso, já que são trabalhadores que têm expertise nos setores”, ressaltou Álvaro Nascimento, diretor de Operações da CMTU. Ele também lembrou das mudanças setoriais promovidas no ano passado. “Nessa alteração foi colocado um caminhão a mais no período noturno para acompanhar o crescimento vertical da cidade. Na Gleba Palhano (zona sul) vemos quantos prédios têm em construção e quantos ainda serão edificados”, citou.

Servidores da companhia acompanharam as primeiras horas de trabalho da nova responsável pela coleta. “Não vai ter problema algum, tenho certeza”, garantiu Nascimento. A Sistemma também cuida do serviço em outros três estados brasileiros. No ano passado, a Justiça bloqueou bens da empresa em razão de um processo envolvendo contratos emergenciais que vigoraram entre 2017 e junho de 2020 com a Prefeitura de Itumbiara (GO).

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.