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Sem guerra dos sexos
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sábado, 20 de julho de 2019
Laís Taine - Grupo Folha 
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Há o mito de que homens e mulheres não conseguem ser amigos. Denise Tinoco, psicoterapeuta e coordenadora do curso de psicologia da UniFil, afirma que as relações se realizam de forma diferente em cada um, mas que a amizade é possível até porque “amizade é simpatia, empatia de você poder se colocar no lugar do outro, uma identificação projetiva, afinidade e até uma familiaridade”, defende.
Tinoco explica que pela história da humanidade da nossa espécie, os homens saíam mais para pescar e caçar. “Ficaram mais solidários, mas mais silenciosos para não espantar a caça”. Enquanto as mulheres desenvolveram a linguagem para cuidar melhor da educação dos filhos e da casa. “Ela é mais detalhista e muito mais cuidadora no sentido de ser um pouco mais egoísta que o homem, porque ela tinha uma responsabilidade por uma família que estava cuidando ali”, afirma.
Para a psicóloga, esse argumento até justifica as diferenças na amizade entre mulheres para as relações entre homens, mas quando se trata de uma união amigável entre os dois, as barreiras foram superadas. “As mulheres fazem amizades com homens por vários motivos. Eles até olham para as mulheres com mais erotismo e desejo, mas a gente vê a amizade entre homem e mulher. Muitos homens são como meus irmãos”, exemplifica.
AMIZADE COLORIDA
Quando se trata de uma amizade que envolve sexo ou desejo, a relação se torna mais difícil, segundo a psicoterapeuta. “Entra a sexualidade, afetividade erótica, questão do ciúme... É um sentimento da nossa espécie. É uma relação muito mais difícil de se manter”, destaca.
BENEFÍCIOS
Independentemente disso, a amizade é uma relação que traz inúmeras vantagens. “Quem tem amigo tem qualidade de vida melhor, acaba tendo a imunidade preservada, se sente mais apoiado, mais aceito, então forma uma rede importantíssima de apoio e afeto”, menciona. “A amizade é uma coisa muito importante. Nós somos seres relacionais, a gente precisa do outro para viver e sentir que é amada”.
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