O extensionista da Emater no município de Paulo Frontin (Sul), Rogério da Silva Almeida, participou do evento em Curitiba e fez uma apresentação do potencial da uva rústica no Estado. Segundo ele, são 71 municípios desenvolvendo a atividade, envolvendo em torno de 1.400 famílias. A cidade de Bituruna está em primeiro lugar, com 102 hectares; seguido de Mallet, 85 ha; e Francisco Beltrão, 60 ha.

Ele relata que hoje o trabalho é voltado para a produção do vinho colonial e, agora, o suco, a nova “menina dos olhos” do mercado. “A nossa área de uvas ainda é muito pequena e tem uma demanda muito grande das vinícolas instaladas no Estado. Muitas delas vão buscar matéria-prima no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ficando mais cara para quem precisa delas e deixando os recursos nos outros estados. Muitas famílias poderiam estar gastando esse dinheiro da venda das uvas no comércio local de diversas cidades.”

Em relação às demandas do projeto, assim como a pesquisadora do Iapar, Alessandra Detoni, o extensionista da Emater também acredita que é preciso um trabalho forte na produção de mudas e também a proteção das áreas em virtude da deriva do agrotóxico. “A expansão da soja e de alguns defensivos fazem mal à cultura da uva. A carga tributária da indústria também é maior do que dos vinhos do Rio Grande do Sul, que chegam mais barato aqui. É preciso também uma expansão da área técnica para suporte aos produtores.”

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