Audiência pública discute demandas dos moradores do centro de Londrina

A Câmara Municipal de Londrina realiza nesta segunda-feira (6), às 19 horas, audiência pública para debater as demandas dos moradores do centro histórico. Em pauta problemas muito antigos do entorno do Bosque Municipal, como a falta de conservação das calçadas e bancos, além da pouca iluminação, o que aumenta a sensação de insegurança. Recentemente, o crescimento no número de pessoas em situação de rua, alvo de um estudo divulgado nesta semana, também vem preocupando os moradores.

Solicitado pela Associação Concha dos Amigos e Moradores do Centro Histórico de Londrina à Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente da Câmara, o debate deve ajudar a formalizar diversas sugestões focadas na região da Concha Acústica, Bosque Municipal, Biblioteca e Catedral de Londrina.

A Presidente da Associação de Moradores do centro, Solange Gaya, lembra que o Poder Público vem ajudando e cita como exemplo recentes melhorias na iluminação em frente à Associação Médica de Londrina. No entanto, para ela, parcerias público-privadas com entidades e projetos de estudantes universitários são muito bem-vindos. “Temos que pensar de hoje para frente e se for aprovado eles podem até ganhar o nome da turma, tudo precisa ter uma contrapartida, os empresários que mantiverem precisam ter. É um incentivo, igual no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por que não aqui?”, questiona.

Outra demanda é sobre a conservação das câmeras de segurança da Guarda Municipal. “Pela nossa informação existem câmeras desativadas”, lamenta.

Iara Franco Coutinho, vice-presidente da associação, lembra que a sensação de segurança caiu bastante nos últimos anos. “Nós saíamos de casa a qualquer hora, se necessário ia até a Santa Casa, não iria pegar carro. Hoje não se pode mais, de três anos para cá é uma coisa impossível”, pontua.

Para o presidente da Comissão, Gerson Araújo (PSDB), o momento é para se ouvir os munícipes, uma vez que nenhum projeto de lei com medidas para o centro está em tramitação.

“Vamos tentar fazer algumas reuniões de tal maneira a coletar todas as sugestões, a partir daí cria-se uma comissão para pensar no assunto ou nós já oferecemos pelo menos uma tentativa de solução. Não é fácil, é muito complicado”, avalia.

Caso os vereadores desejem incluir as melhorias no orçamento de 2020, já podem ser mencionadas no projeto de Diretrizes Orçamentárias que chegou ao Legislativo no final de abril. Já o PL da LOA (Lei Orçamentária Anual) precisa ser enviado para os vereadores até o dia 30 de agosto.

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