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Saúde 5m de leitura

UEL quer identificar hábitos de crianças no consumo de medicamentos

Pesquisadores procuram pais ou responsáveis por crianças de zero a 11 anos para participar da pesquisa e alertam para o uso indiscriminado

ATUALIZAÇÃO
25 de julho de 2022

Reportagem local
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Imagem ilustrativa da imagem UEL quer identificar hábitos de crianças no consumo de medicamentos

Pesquisadores do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UEL (Universidade Estadual de Londrina) estão procurando pais ou responsáveis por crianças entre zero e 11 anos para participar da pesquisa “Acesso e utilização de medicamentos em pediatria”, que tem o objetivo de identificar e analisar o uso e o acesso a remédios nesta população. Interessados podem responder um questionário eletrônico disponibilizado na plataforma Google docs.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor Edmarlon Girotto, o grupo pretende aplicar mil questionários. O público-alvo são os responsáveis por crianças matriculadas nas escolas públicas do Ensino Básico (Infantil e Fundamental – séries iniciais) de Londrina e Cambé (Região Metropolitana de Londrina). Até agora foram respondidos 250 questionários. Os interessados não precisam se identificar. O preenchimento dos dados leva em torno de 15 minutos e todo o procedimento é realizado de forma virtual.

Os pesquisadores pretendem gerar dados para identificar os hábitos do público infantil no consumo de medicamentos: verificar quais fármacos são mais comuns, se há prescrição médica e a necessidade do tratamento. A partir deste levantamento concreto, será possível propor uma política pública para fortalecer a informação e implementar projetos de extensão para difundir o uso racional de medicamentos.

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USO INDISCRIMINADO

De acordo com Girotto, a prática clínica demonstra que cada vez mais crianças fazem uso de remédios como antibióticos e anti-inflamatórios, além de metilfenidato, vendido sob os nomes comerciais Ritalina, Concerta, entre outros. Trata-se de um fármaco estimulante leve do sistema nervoso indicado para crianças com hiperatividade.

Segundo o professor, os pesquisadores partem da hipótese de que em muitos casos está se confundindo o processo natural de desenvolvimento das crianças com os transtornos de hiperatividade. O levantamento pretende compreender se o uso destes medicamentos está relacionado à uma cultura de automedicação ou de generalização dos casos de hiperatividade.

O levantamento teve início em fevereiro deste ano. Estudantes dos cursos de Medicina e Farmácia da UEL e Unifil (Centro Universitário Filadélfia), que integram o projeto como colaboradores, fizeram uma divulgação junto a escolas municipais de Londrina e Cambé. O objetivo foi sensibilizar professores e coordenadores, na tentativa de chegar às famílias dos estudantes.

O professor reafirma que a proposta do trabalho é contribuir com a propagação de uma conduta médica que estimule a redução da prescrição de múltiplos fármacos quando possível, reduzindo as interações medicamentosas e suas reações adversas. Além de Girotto, integram o grupo de pesquisa os professores Camilo Guidoni, Daniela Alfieri e Joice Cruciol, todos do Departamento de Ciências Farmacêuticas. (Com informações da Agência UEL)

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