Genebra - Ao menos 115.000 profissionais da saúde morreram vítimas de Covid-19 desde o início da pandemia, afirmou o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (24). "Muitos foram infectados e, embora os registros sejam escassos, calculamos que pelo menos 115.000 profissionais da saúde e de cuidados pagaram o preço definitivo a serviço de outros", declarou ele, no início da assembleia anual da organização.

Imagem ilustrativa da imagem Pelo menos 115 mil profissionais da saúde morreram de Covid
| Foto: Money Sharma - AFP

Tedros Adhanom Ghebreyesus voltou a denunciar a "escandalosa desigualdade" de acesso às vacinas no mundo, que "perpetua a pandemia". Segundo ele, mais de 75% de todas as vacinas foram administradas em apenas dez países.

"Não há uma forma diplomática para dizer isso: um pequeno grupo de países que fabricam e compram a maioria das vacinas (...) controla o destino do restante do mundo", afirmou. "O número de doses administradas até agora em todo mundo teria sido suficiente para cobrir todos os trabalhadores de saúde e os idosos, se tivessem sido distribuídas de forma equitativa", insistiu.

LEIA TAMBÉM:

- Enfermagem: amor, coragem e dedicação

No mesmo pronunciamento, Tedros lançou um apelo à comunidade internacional para que inverta essa tendência. "Hoje, peço aos Estados-membros um impulso em massa para vacinar pelo menos 10% da população de cada país de hoje até setembro, e uma campanha até dezembro para alcançar nossa meta de imunização de pelo menos 30% até o final do ano", completou.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.