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Criada em 1985 pelo professor Luiz Reynaldo de Figueiredo Walter, a Clínica de Especialidades Infantis da UEL (Universidade Estadual de Londrina) é centro de referência no atendimento e tratamento odontológico de crianças de 0 a 5 anos de idade. O serviço pioneiro tem como proposta promover a educação da saúde bucal de crianças com a parceria dos pais, que são os responsáveis por monitorar e dar continuidade ao trabalho em casa. Temas como rotina de escovação, cuidados na prevenção da cárie e uma boa alimentação são abordados nos atendimentos.
Com o decreto do isolamento social no início de 2020 devido à pandemia da Covid-19, os serviços da Bebê Clínica precisaram ser revistos e reformulados. O período crítico exigiu que os atendimentos de rotina fossem suspensos de forma presencial e uma nova modalidade surgiu: o teleatendimento. Agora, com o avanço das vacinas, as atividades estão sendo retomadas aos poucos, como explica a docente Cássia Cilene Dezan Garbelini, coordenadora da Residência em Odontopediatria.
Foram meses de consultas eletivas interrompidas na Bebê Clínica durante o período mais crítico da pandemia. Para não deixar casos graves sem suporte, a clínica manteve os atendimentos de emergência funcionando e precisou inserir um novo modelo de triagem. Garbelini explica que era preciso fazer um primeiro contato via redes sociais (Instagram ou Facebook), com o objetivo de fazer uma "pré-triagem" da criança. Assim, dependendo do caso, os pais eram orientados a levar ou não os filhos até o Pronto Atendimento.
SEM AGLOMERAÇÕES
Para não gerar aglomerações na clínica, a pré-triagem para os casos graves continua. “Se há uma emergência de uma criança menor de cinco anos, sempre os pais podem nos contatar via Instagram e Facebook. A gente sempre tem uma residente responsável na semana para poder responder e orientá-los, dizendo ‘Sim, venha agora, ou venha amanhã, ou venha à tarde’, enfim, para dar algum tipo de orientação aos pais”, explica a docente.
NOVO NORMAL
Ainda segundo Garbelini, muitos serviços já foram retomados na modalidade do “novo normal”. Para que a segurança dos pacientes seja máxima, as medidas de biossegurança adotadas durante o começo da pandemia continuam válidas. Agora, além do gorro, das luvas e do jaleco, os profissionais precisam usar jaleco descartável, máscara N95 e face shield. É preciso ainda respeitar o intervalo entre o atendimento de um paciente e o outro, pois é necessário fazer uma desinfecção de todo o ambiente e da cadeira odontológica de uma forma rígida.
Além disso, todo paciente passa por uma investigação da história de contato com a Covid para conferir se ele está apto ou não para entrar no ambulatório. Caso tenha algum sinal sugestivo de contaminação, ele é encaminhado diretamente para uma unidade básica de saúde.
TELEATENDIMENTO
Já para os pacientes que ainda não se sentem confortáveis de retornar à clínica ou têm algum sintoma de Covid, a docente explica que o teleatendimento continua sendo usado e pode ser uma alternativa. “A gente substitui aquela consulta eletiva, que estava agendada, por um tele monitoramento, até que seja possível realizar uma consulta presencial. Nós ainda temos o teleatendimento nessas duas situações: na emergência, como uma pré-triagem e nas eletivas para fazer o monitoramento dos pacientes”, detalha.
NOVOS PACIENTES
De acordo com Garbelini, a maior dificuldade durante a pandemia foi a admissão de novos pacientes. “Antes da pandemia, todo mês, fazíamos um chamamento público convidando as famílias a se inscreverem. Infelizmente não é um número de vagas muito grande, porque o serviço tem limitações. Ficamos durante todo esse tempo sem conseguir ofertar essas vagas para o público. Então a expectativa é que a partir de março a gente consiga retomar essas vagas”, explica.
'NÃO PARAMOS DE TRABALHAR'
Para garantir que os protocolos de segurança fossem seguidos durante a pandemia de coronavírus, a equipe de atendimento da Bebê Clínica precisou se reorganizar. A docente Cássia Cilene Dezan Garbelini relembra que foram feitas escalas, novas rotinas de trabalho, redução do número de profissionais e uma intensificação dos protocolos de biossegurança. “E o legal é que isso se provou muito efetivo, porque nós não paramos de trabalhar nenhum dia durante essa pandemia, nem um dia mesmo”, afirma.
Um dos pontos questionados pela própria equipe foi a interrupção dos trabalhos voltados à educação dos pacientes. A ideia de realizar encontros virtuais para orientar pais e filhos via Google Meet, WhatsApp, Facebook, Instagram e outra ferramentas surgiu como uma alternativa segura e eficaz. “A gente se estruturou e realmente conseguimos implantar as consultas on-line, ou melhor, o tele monitoramento dos nossos pacientes”, explica.
ELOGIOS
Foi durante a pandemia que a pequena Valentina conheceu os serviços prestados pela clínica. A mãe, Vanessa Caroline da Silva Barbosa, explica que no final de 2021 percebeu que Valentina estava com um dente um pouco mole, porém, por se tratar de uma criança especial, o atendimento sempre precisou especializado. “Desde o primeiro instante eles foram maravilhosos, prestativos, pacientes e a atenderam com um amor que é difícil de se ver em atendimento com crianças especiais”, relembra.
ROTINA DE CUIDADOS
O serviço de qualidade da Bebê Clínica também foi o que chamou a atenção da empresária Stella Meneghel quando teve a sua primeira filha e precisou aprender mais sobre a saúde de bebês. Assim que Manuela nasceu (hoje com 12 anos), ela já fez a sua primeira consulta na unidade e o mesmo aconteceu com os dois outros filhos - Cassiano (4) e Rafael (7).
Hoje, ela não precisa pedir para que os seus filhos escovem os dentes. Todos os dias, eles já sabem a rotina de cuidados bucais que precisam seguir: passam o fio dental e escovam bem os dentes, o que enche a mãe de orgulho. São exemplos de uma boa educação de saúde dentária.
SERVIÇO - Informações sobre a Bebê Clínica pelo Facebook ou Instagram
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