O prefeito Marcelo Belinati afirmou que ainda está se inteirando sobre o ofício que o MP-PR (Ministério Público do Paraná) encaminhou à CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) cobrando o que considera valores mais justos aos trabalhadores das cooperativas de reciclagem. A FOLHA mostrou, na edição de terça-feira (11), que a entidade indicou um reajuste de 66,25% no dinheiro repassado pelo município para as sete cooperativas que prestam o serviço na cidade.

“Vou receber (o documento) e vamos analisar. Acredito que todos têm objetivo comum, tanto o Ministério Público quanto os técnicos da prefeitura, assim como as cooperativas e os cooperados, que prestam um bom trabalho e precisam da renda para que possam viver bem. É um trabalho importante para a sociedade”, desconversou o chefe do Executivo londrinense, respondendo questionamento da reportagem durante coletiva de imprensa sobre a dengue, no gabinete, nesta terça-feira (11).

No documento, a promotora do Meio Ambiente, Révia de Paula Luna, destacou que o contrato passou cinco anos sem reajuste, e mesmo com a recomposição realizada no ano passado os percentuais não são compatíveis com o crescimento das despesas. Segundo o MP-PR, se o reajuste tivesse sido correto, o valor do contrato deveria ser de R$ 2,66 para custeio de serviços por domicílio e não o atual R$ 1,60.

Os contratos com as cooperativas foram prorrogados no final do ano passado e vencem neste mês. Belinati ponderou que a coleta precisa ser aperfeiçoada. “Precisa melhorar principalmente na coleta dos materiais. Existem muitas queixas que, eventualmente, eles não têm a estrutura adequada, às vezes o caminhão está velho, quebrado e não consegue chegar (nos imóveis)”. No ano passado a CMTU tentou terceirizar a coleta nas casas, o que faria com que as cooperativas fizessem apenas a separação e comercialização.

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