Os servidores públicos estaduais de Londrina marcaram manifestação nesta sexta-feira (4) em frente ao IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural), ou antigo Iapar, na Rodovia Celso Garcia Cid. O objetivo é pressionar o governador Ratinho Junior (PSD), que estará em agenda em Londrina para lançamento da obra do Viaduto da PUC, na zona oeste - deverá ser construído no cruzamento com a BR-369, na saída para Cambé.

Imagem ilustrativa da imagem Sindicatos marcam protesto contra reposição de 3% em visita do governador
| Foto: Dalie Felberg/Alep

De acordo com o presidente da Assuel Sindicato, que representa os servidores técnico-administrativos da UEL, Marcelo Seabra, a principal pauta do protesto é a reposição concedida em janeiro pelo atual governo ao funcionalismo público, de 3%, bem abaixo da inflação do período de 2021, que foi de 10,06%, segundo o IPCA. A categoria ainda reclama que está desde 2016 acumulando perdas significativas que ultrapassam os 30% de defasagem. “Será uma oportunidade para mostrar para o governo e toda a população que não aceitamos o que estão fazendo com os servidores. Estamos numa situação de insolvência, de incapacidade de honrar com os nossos compromissos"

Os sindicatos ainda reclamam de falta de abertura do governador para uma negociação sobre essa defasagem. "Queremos um canal de comunicação e infelizmente isso não ocorreu nos últimos três anos. Não conseguimos essa interlocução. O único caminho será uma ação mais contundente da categoria. Tentamos sensibilizar o governador várias vezes para que nos ouvisse. As ações irão se intensificar e não descartamos uma greve" advertiu o sindicalista.

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Além da recomposição salarial pela inflação, o coletivo de sindicatos cobra promoções e progressões previstas nas carreiras em diversos segmentos, anuênios e quinquênios que foram pagos em janeiro mas sem os retroativos. A Lei Geral das Universidades e a realização urgente de concursos públicos também entram no pedido. "Os servidores estão sobrecarregados e isso impacta também no atendimento à população."

ORÇAMENTO

Questionado sobre o argumento da atual gestão de que o orçamento do Paraná não permite um reajuste, Marcelo Seabre disse que o Executivo elevou impostos de acordo com a inflação, além de ter sido beneficiado com ICMS dos combustíveis, por exemplo. "O governo não teve perda, muito pelo contrário. Se tivesse perdas ou endividado não teria feito uma renúncia fiscal na ordem de R$ 17 bilhões, sobretudo para setores como o agronegócio."

A organização do protesto são da Assuel e APP - Núcleo de Londrina, com o apoio do Coletivo de Sindicatos. Procurado por meio da assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, Ratinho Junior disse que não irá se manifestar.

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