O governador Ratinho Junior (PSD) afirmou durante a convenção do PL para confirmar a candidatura de Paulo Martins ao Senado que todos os partidos da sua coligação são “independentes”. A fala aconteceu na noite de quarta-feira (3), em Curitiba, após ele ser questionado sobre a declaração de Sergio Moro (União), que garantiu não precisar de “favores” para disputar a eleição. Moro havia dito em entrevista, na última terça-feira (2), que não depende do governador para a campanha, ao comentar o apoio de Ratinho a Martins, candidato no Paraná do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Imagem ilustrativa da imagem Ratinho Jr. pede a Moro "maturidade política" para respeitar apoios
| Foto: Gustavo Carneio

“É verdade, ele (Moro) tem um partido grande, que avalizou a sua candidatura, que deu oportunidade. Como a nossa chapa é uma coligação de muitos partidos, eles têm independência. Não partiu em nenhum momento, da minha parte, dessa construção, de querer impor uma candidatura de senador de A ou B [...] Eu tenho, obviamente, uma posição pessoal que tem que ser respeitada”, considerou Ratinho Junior.

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De acordo com o governador, a escolha por Paulo Martins foi tratada com transparência entre os partidos e aconteceu de forma natural. “Essa foi uma conversa e uma construção muito clara com todos os partidos, dessa opção pelo Paulo Martins. Como a nossa coligação é uma coligação grande, que tem candidato a presidente em vários partidos, como exemplo o MDB, o próprio União Brasil que está trabalhando para ter candidato também, acaba fazendo com que a gente tenha que ter esse entendimento e maturidade política para cada um respeitar o seu posicionamento”, destacou.

CONFIANÇA

Oficializado pelo PL como um dos adversários de Moro, Paulo Martins foi mais enérgico ao comentar o posicionamento do ex-juiz federal. “Essa é a visão política dele. Eu acho que política não se faz sozinho. Para ter sucesso, você não constrói nada sozinho. Há aquele ditado, que muito político gosta de repetir: se quer ir rápido vá sozinho, se quer ir longe vá em grupo. Eu quero ir longe pelo Paraná, então estou indo em grupo, com o grupo do presidente Bolsonaro, com o grupo do governador do estado e com quem vá chegando como apoio, porque eu preciso muito e respeito muito. Não penso que apoio é favor, apoio é confiança”, concluiu.

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