O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) afirmou nesta terça-feira (2) que não precisa de “favores” de Ratinho Junior (PSD), ao comentar o apoio do governador à candidatura de Paulo Martins, do PL de Jair Bolsonaro. A fala aconteceu durante convenção do União Brasil que oficializou o nome de Moro para concorrer ao Senado, em Curitiba.

Imagem ilustrativa da imagem "Não preciso do governador para colocar minha candidatura", diz Moro
| Foto: Robson Mafra/Agif/Folhapress

Na última semana, União Brasil e PSD haviam confirmado que estarão coligados para as eleições de outubro. Dias depois, no sábado (30), Ratinho Junior declarou a preferência “pessoal” por Martins, que é o candidato do presidente Bolsonaro no Paraná.

“Não precisamos do governador para ser um grande partido. Eu não preciso também do governador para colocar a minha candidatura. Respeito a eventual preferência dele. O União Brasil está na coligação do governador, então, de certa forma, estamos ajudando a reeleição, mas nós somos um partido independente, com nossa força própria. Nós não precisamos, para sustentar uma candidatura, seja para senador ou deputado, de favores de ninguém”, disparou Moro.

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Apesar disso, o ex-juiz reforçou que a coligação não será desfeita, porque ele e o partido trabalham por um projeto maior.

“Queremos construir um Paraná melhor para todas as pessoas e nós temos os nossos próprios projetos. No que pudermos contribuir, construir junto com o governador se ele for reeleito no futuro, para bem dos paranaenses, nós assim agiremos. Porque nós não somos aqueles que não querem somar esforços em prol do benefício da população”, explicou.

Além de Moro ao Senado, o União Brasil também lançará 37 candidatos a deputado estadual e 26 a deputado federal.

Possível aliança com PT

Nas últimas semanas, nos bastidores políticos, muito se falou sobre uma possível aliança do Partido dos Trabalhadores, de Luiz Inácio Lula da Silva, com o União Brasil. O presidente nacional do União, Luciano Bivar, teria sido procurado pelo PT para fechar aliança. Ele até desistiu da pré-candidatura à Presidência e a expectativa dos petistas é que apoie Lula na disputa pelo Planalto.

Questionado sobre uma parceria entre as siglas, Moro foi taxativo em dizer que, no Paraná, não existe essa possibilidade, pois os partidos são antagonistas. “Nós defendemos acima de tudo honestidade e integridade na política, combate à corrupção. Todas essas bandeiras são antagônicas ao que defende o PT. O PT não fez o dever de casa, não se arrependeu dos crimes praticados durante o governo. Então, não existe hipótese nenhuma de o União Brasil estar ao lado do PT. Isso é fake news de gente que tem medo de nos enfrentar nas urnas com honestidade, e falando a verdade. Como eles não tem o que apresentar, porque nunca fizeram nada, ficam inventando fake news”, finalizou o ex-ministro de Bolsonaro, que deixou o governo em 2020 acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal para impedir investigações sobre seus filhos.

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