As ações nas redes sociais para a organização de manifestações denominada Marcha Antifascista, no domingo (7), em Londrina, estão intensas. Os grupos ligados aos movimentos sociais, coletivos, militantes independentes e a partidos de esquerda estão se mobilizando, sem uma liderança clara, no que se chama de uma estruturação orgânica. Por outro lado, uma série de publicações de grupos simpatizantes ao governo e ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apontam para uma possível reação.

Imagem ilustrativa da imagem Protestos marcados para domingo (7) movimentam redes sociais
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Como papel fundamental para a mediação de possíveis conflitos, já vistos em grandes cidades brasileiras, como em Curitiba, a Polícia Militar em Londrina espera que as manifestações ocorram de forma pacífica. É o que afirma o major Nelson Villa Junior, comandante do 5° BPM. “Nossos policiais estarão fazendo policiamento ostensivo, para garantir o direito constitucional para que as pessoas possam fazer a manifestação nos moldes democráticos. A única forma que poderia vir a intervir é para garantir a lei”, afirmou à Folha.

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Em uma postagem, de um suposto grupo de extrema direita, veio à tona a possibilidade de pessoas armadas comparecerem ao evento a fim de conter os antifas (antifascistas), que são chamados de “galinhas pretas”. Na mesma publicação, o “convite” a uma reação garante: “Não permitiremos nem pichação, a ordem é se identificar e prender em flagrante os desordeiros”. Mesmo diante da ameaça, o comandante da PM em Londrina acredita que não haverá problemas. “Diante desse tipo de manifestação, é possível ver uma reação dos próprios seguidores ponderando outras atitudes com os radicais”, avaliou.

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Em um perfil da Ação Antifacista Londrina, há um convite para a manifestação com concentração prevista para 14h, com local ainda a definir. “Mesmo diante da pandemia, que já matou mais de 30 mil pessoas, o governo continua nos arrastando para a morte. Enquanto trabalhadores perdem a vida, o presidente ri, debocha e faz piada, cuspindo nas vítimas, morrem aos milhares por dia”, afirma o texto do grupo que tem aproximadamente 3 mil seguidores.

Nesta quinta-feira (4), partidos de oposição como o PSB, PDT, PT, Cidadania e PSD e o próprio presidente Bolsonaro adotaram a mesma postura e pediram que seus respectivos seguidores não compareçam às manifestações previstas para o domingo (7) em todo o País.