Passado mais de um século desde o lema “Governar é abrir estradas”, lideranças políticas e econômicas de Londrina e região têm procurado seguir à risca a cartilha propalada ainda década de 1920 pelo ex-governador de São Paulo (e, posteriormente, presidente do Brasil), Washington Luís.

Uma das vias que concentram esforços da Comissão de Infraestrutura do Norte do Paraná, a BR-369 pode ter avanços na proposta de construção de um viaduto sobre a rodovia federal. O objetivo é abrir uma conexão mais estruturada entre as regiões leste e norte de Londrina através da Avenida Angelina Ricci Vezozzo.

Em reunião mensal na sexta-feira (28), o grupo formado por políticos, servidores públicos e membros de entidades de classe teve informações atualizadas em relação ao projeto da intervenção viária atualmente sob análise do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O Grupo Folha de Comunicação também está entre os integrantes da comissão.

Embora ainda não haja uma resposta definitiva para a demanda, o órgão federal comunicou agora em julho ter encaminhado um termo de convênio para o projeto. O relato foi dado no encontro pelo diretor de Projetos da Secretaria de Obras de Londrina, Fernando Bergamasco.

‘BOM SINAL’

O fato, segundo ele, é um bom sinal. “Você não faz um termo de convênio apenas para analisar tecnicamente. A gente está acreditando que, a partir desse convênio, eles vão incluir a obra no orçamento da União em 2024”, estimou Bergamasco em entrevista à assessoria de imprensa do deputado estadual Tiago Amaral (PSD).

“Fecharia a passagem do Grêmio [Londrinense], o viaduto ficaria aqui em cima, na Ricci Vezozzo. A gente consegue limpar aquele gargalo que fica naquele sinaleiro. É uma boa notícia para Londrina”, comentou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Angelo Pamplona.

VIADUTO DA PUC

Também na 369, mas na outra ponta do trecho urbano da via em Londrina, já em direção a Cambé, um segundo viaduto, dessa vez na região da Pontifícia Universidade Católica (PUC), passou neste mês para a responsabilidade do consórcio Consórcio 369 Londrina.

O grupo formado por três empreiteiras assumiu a edificação após o governo do Paraná romper o vínculo com o consórcio vencedor da licitação por, conforme o Executivo estadual, “descumprimento contratual e da falta de compromisso com o cronograma”.

R$ 14 MI PARA ILUMINAR 445

Ainda no encontro da comissão, foi debatida a reivindicação por iluminação no trecho urbano da PR-445 entre Londrina e Cambé. A pauta chegou a ser levada anteriormente ao governo estadual, mas, de acordo com a assessoria de Amaral, “não houve aprovação por causa do custo, orçado em R$ 14 milhões”.

Ainda assim, o parlamentar disse que vai reforçar a questão junto ao Palácio Iguaçu, uma vez que a própria 2ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), por meio de seu comandante, capitão Glauco de Oliveira, apresentou na reunião dados que demonstram a periculosidade desse parte da rodovia. Em 2022, entre os quilômetros 65 e 87, foram 110 acidentes que feriram 88 pessoas e mataram outras 5.

“Proporcionalmente, a quantidade de acidentes e mortes [por quilômetro] que temos nesse trecho urbano é maior do que o trecho todo. Fica muito necessária essa iluminação, porque consegue se ter radar, uma fiscalização mais efetiva da Polícia Rodoviária Estadual”, pediu o presidente da Acil.