O prefeito Marcelo Belinati (PP) disparou e-mails nesta segunda-feira (29) a laboratórios que produzem vacinas contra a Covid-19 para saber se a Prefeitura de Londrina poderia comprá-las diretamente. Foram consultados, por exemplo, o Instituto Butantan, que desenvolveu a Coronavac, a Astrazeneca, também com doses sendo aplicadas no Brasil, e outras instituições que já fecharam acordos com o Ministério da Saúde, como a Pfizer e a Janssen.

Imagem ilustrativa da imagem Prefeito tenta negociar compra direta de vacinas contra a Covid-19 com laboratórios
| Foto: Reprodução/UEL

Belinati detalha no ofício que a cidade "está em situação dramática causada pela pandemia, por isso o objetivo desta comunicação é prospectar a possibilidade de adquirir diretamente as vacinas produzidas pela empresa. No presente estágio, nossa região tem sofrido diretamente, tanto com o impacto no sistema de saúde quanto no econômico. Nossa capacidade de prover atendimento e cuidados está no limite e os danos à economia também se avolumam".

O prefeito cita "a insuficiência de vacinas adquiridas pelo governo federal" para sondar a compra com as produtoras. "Como a crise, demanda ações e soluções urgentes, somos extremamente gratos à empresa por uma resposta no menor tempo hábil possível", completa no documento. Caso a negociação não prospere, o pepista perguntou "se é possível obter contatos de representações comerciais deste laboratório".

O gestor fez o questionamento "porque tem recebido diversas propostas de empresas privadas em nome dos laboratórios sem que consigamos identificar documentos que comprovem tal vínculo". Segundo o último levantamento, 51.187 pessoas receberam a primeira dose. Desse número, 15.217 já se vacinaram pela segunda vez.

JOGADAS

Enquanto aguarda a manifestação das entidades laboratoriais, Belinati testa outras opções para agilizar a chegada de doses contra a Covid-19. Uma delas foi a adesão ao Consórcio de Municípios do Brasil, que permite a aquisição de equipamentos e insumos médicos, além de 10 tipos de imunizantes diferentes. Durante a discussão na Câmara da inclusão de Londrina no grupo, o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, disse que o município pode investir até R$ 10 milhões para obter as vacinas.

Segundo os prefeitos, a ação está amparada em uma decisão recente do ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou municípios e estados brasileiros a comprarem vacinas contra o coronavírus que tenham sido aprovadas por agências internacionais se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não permitir a aquisição em até 72 horas.

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