BRASÍLIA, DF - O Palácio do Planalto pagou R$ 216.824 para o hotel em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, estão hospedados em Brasília.

De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência, o pagamento contempla hospedagem também de equipes de segurança.

O casal está no Meliá, na zona central da capital, desde o período de transição. Continuaram, contudo, após a posse, porque a primeira-dama disse que encontrou o Palácio da Alvorada deteriorado e precisando de uma reforma.

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O montante pago foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (18), num extrato de inexigibilidade de licitação. A justificativa é de que há "necessidade de implantação de medidas de proteção da autoridade e familiares nas residências oficiais".

A Secom disse que, a pedido da Polícia Federal, realiza a segurança presidencial, a hospedagem no local foi estendida, uma vez que o Alvorada não foi aberto para vistoria de segurança e das equipes do casal presidencial antes de 30 de dezembro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a residência.

Além disso, o local já estava com estrutura de segurança montada desde novembro de 2022. Em nota, o Planalto disse ainda que a hospedagem está prevista até 2 de fevereiro, quando deve se encerrar a reforma do Alvorada.

Inicialmente, a previsão do término de obras era no dia 25 de janeiro - o prazo, portanto, foi adiado em 8 dias. Também havia a expectativa de que Lula e Janja poderiam se mudar à residência oficial quando ele voltasse das viagens internacionais que fará na próxima semana.

Lula fará sua primeira viagem oficial para Buenos Aires, nos dias 23 e 24, onde participará de reunião bilateral com o presidente Alberto Fernandes e de encontro da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). No dia 25, o petista vai para Montevidéu, de onde retornará para o Brasil.

Ele confirmou nesta quarta-feira (18) que vai aos EUA no dia 10 de fevereiro, em sua segunda rodada de viagens internacionais oficiais, e que vai no mês seguinte à China.

Em café da manhã com jornalistas na semana passada, o petista criticou as condições deixadas por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), no Alvorada. Segundo ele, foram retiradas camas, colchões e sofás, o que impediu que o novo casal presidencial se mude para o local.

Ele disse que não tem onde morar porque, além do Alvorada, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes deixou a Granja do Torto "abandonada".

"Vocês sabem que nós estamos vivendo um momento sui generis neste país, e eu a [primeira-dama] Janja ainda não temos casa para morar", afirmou o presidente.