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Política 5m de leitura

Paraná tem três políticos entre 50 mais bem avaliados em ranking nacional

ATUALIZAÇÃO
14 de novembro de 2017

Mariana Franco Ramos<br>Reportagem Local
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Curitiba – O Paraná tem três dos 50 parlamentares mais bem avaliados pelo site "Ranking dos Políticos", que monitora questões como assiduidade, gastos públicos, processos judiciais e, de forma mais subjetiva, o desempenho dos 594 membros do Congresso Nacional em votações. Conforme o levantamento, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) ocupa a segunda colocação geral, atrás apenas da senadora Ana Amélia (PP-RS). Outros citados são Rubens Bueno (PP-PR), em 16º lugar, e Alex Canziani (PTB-PR), em 36º.

A ferramenta, disponível no link www.politicos.org.br, foi criada por dois administradores de empresa que se dizem, embora não "neutros", independentes, sem filiação a legendas ou ligação a grupos de interesse. A pontuação é definida de acordo com os dados que eles obtêm sobre uso de recursos do erário, presença nas sessões plenárias, fidelidade partidária e processos judiciais. Um quarto critério é a chamada qualidade legislativa. O valor das leis analisadas é definido por um Conselho de Avaliação, levando em conta o quanto elas supostamente ajudam ou atrapalham o País. As notas variam de -30 a +30. Os membros são, em sua maioria, engenheiros, economistas e administradores.

Quem votou a favor da reforma trabalhista, da ampliação da terceirização e da regularização fundiária, por exemplo, ganhou pontos, enquanto quem rejeitou a autorização para que o STF ( Supremo Tribunal Federal) investigasse o presidente Michel Temer (PMDB) perdeu nota. "Acreditamos na defesa dos direitos humanos, no respeito às leis, no combate à corrupção e aos privilégios, na livre iniciativa, na propriedade privada, no regime de mercado, na eficiência dos serviços públicos, na redução do desperdício, na liberdade de informação e outras bandeiras conquistadas pela civilização nos últimos séculos", afirmam os criadores do projeto, na descrição.



Com 219 pontos no total, Hauly tem boa avaliação em presença em plenário - de 91 sessões realizadas, esteve em 90 -, pelo gasto da cota parlamentar e verba indenizatória pouco abaixo da média geral (o tucano gastou pouco mais de R$ 232 mil, enquanto a média é de R$ 279,3 mil), por ter formação superior, ter se mantido fiel ao PSDB ao longo da carreira política e por não responder a processos judiciais. Também pesaram a favor os posicionamentos favoráveis à terceirização, à reforma trabalhista e ao novo Ensino Médio e contrário ao fundão eleitoral. Entretanto, o deputado foi mal avaliado por ter rejeitado a autorização para o STF investigar Temer.

Outro londrinense no ranking, Canziani, obteve 135 pontos. Recebeu notas favoráveis no quesito presença (esteve em 85 das 91 plenárias realizadas), votações importantes, formação acadêmica superior e fidelidade partidária. Por outro lado, gastou mais do que o recomendado (R$ 311,2 mil, ante R$ 279,3 mil de média) e perdeu nota por responder a processo judicial no Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Já Bueno apareceu com pontuação 162. Compareceu a 86 sessões, gastou R$ 226.3 mil da cota parlamentar e se saiu bem em fidelidade partidária e formação.

Na outra ponta, aparecem três petistas: os deputados federais Enio Verri (567º lugar) e Zeca Dirceu (533º), com -184 e -128, e a senadora Gleisi Hoffmann, com -112 (510º). Nos três casos, o que mais pesa contra são os comportamentos em votações - todos foram contrários a mudanças no Ensino Médio e nas terceirizações, por exemplo, e favoráveis ao fundão eleitoral. Para completar, gastaram acima da média com cotas parlamentares e verbas indenizatórias e respondem ou foram condenados em processos judiciais. Os piores colocados nacionalmente são o senador Ivo Cassol (PP-RO), com nota -669, e o deputado Herculano Passos (PSD-SP), com nota -531.

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