Municípios da Amepar terão ajuda da UEL para projetos de engenharia

Ao todo, 17 cidades do Norte do Paraná com menos de 30 mil habitantes serão beneficiadas por um projeto que tem objetivo de atender demandas de empreendimentos públicos, principalmente em prefeituras que não têm no seu quadro técnico profissionais capacitados para executar projetos de Engenharia e Arquitetura. Com o Projetek, os municípios terão apoio do escritório de projetos executivos do CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo) da UEL (Universidade Estadual de Londrina). A assinatura do convênio nesta sexta-feira em Londrina contou com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD), de deputados da região e prefeitos dos municípios que fazem parte da Amepar (Associação dos Municípios do Médio Paranapanema).

Para o superintendente da Seti (Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná), Aldo Bona, com a nova parceria da UEL os municípios poderão diversificar projetos que podem ser financiados por recursos do Paranacidade. "A metodologia utilizada é padronizada. O próprio órgão estadual que aporta recurso se queixa de que a maioria das obras que os municípios solicitam é asfalto ou de quadro esportiva. A ideia é ter esse escritório especializado permitindo às pequenas prefeituras ampliar esse leque com outros projetos. Além do mais, retira o custo do projeto e esse recurso será melhor investido."

O vice-reitor da UEL, Décio Sabatini, salientou a qualidade do corpo técnico da instituição. "Esse projeto é uma oportunidade da Universidade se aproximar cada vez desses municípios com a expertise dos nossos profissionais, que podem auxiliar nesse desenvolvimento. Não só em construção como reformas. Por questões estruturais essas cidades têm dificuldade na elaboração e execução desses projetos. Além do mais, vamos dar formação continuada a arquitetos e engenheiros bolsistas."

DEMANDAS

O prefeito de Jaguapitã (Região Metropolitana de Londrina), Gerson Marcato (PL), comemorou a iniciativa da UEL, sobretudo para atender o município de 12 mil habitantes. "Tanto no Estado quanto em nível federal tudo que precisamos tem que ter o projeto em mãos para conseguir os recursos necessários. Em Jaguapitã, por exemplo, queremos investir em atrações turísticas. Para construir o parque, tivemos que contratar uma empresa de fora e isso custa caro, mas teve que ser feito. Na área de esportes também temos demandas."

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A prefeita de Sertanópolis, também na RML, Ana Ruth Secco (PSB), disse que o município tem dois engenheiros e dois arquitetos no seu quadro de servidores. Mesmo assim, afirmou que parceria poderá ajudar a tirar do papel projeto de construção de pontes, sobretudo na área rural. "A maior demanda hoje são projetos para construção de pontes. Isso porque teremos que aumentar a capacidade delas para suportar os equipamentos agrícolas." Segundo o prefeito de Bela Vista do Paraíso, Fabricio Pastore, o Jacaré (DEM), os atuais servidores técnicos poderão atuar em conjunto com a equipe da UEL para desenvolver novas obras.

Presidente da Amepar, o prefeito de Arapongas, Sergio Onofre (PSC), afirmou que projetos como esse trazem mais objetividade aos trabalhos das associações de municípios. "A Amepar deixou de ser uma entidade para organizar almoço e janta. Precisamos dar apoio ao pequenos municípios. Os grandes também não podem pensar mais isoladamente, mas sim na região. A segurança precisa ser boa para todos, o desenvolvimento tem que vir para todos e essa parceria faz com que o município que não tenha uma Secretaria de Obras possa tocar seus projetos. Dinheiro tem, o que não tem é projeto."

O valor total do investimento no escritório é de R$ 662 mil, oriundos do Fundo Paraná. O montante será de investimento em infraestrutura predial, mobiliários, equipamentos, softwares e bolsas de auxílio e custeio. A previsão é que o escritório comece a funcionar no primeiro semestre de 2022. Outros municípios beneficiados são: Alvorada do Sul, Cafeara, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Jataizinho, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Sabáudia e Tamarana - todos, à exceção de Cafeara, integram a Região Metropolitana de Londrina.