Entre os três réus condenados pelo STF nesta quinta-feira por participarem dos ataques antidemocráticos às sedes dos Três Poderes, dia 8 de janeiro, em Brasília, está o paranaense Matheus Lima de Carvalho Lázaro, 24 anos, que pegou pena de 17 anos de prisão, sendo 15 em regime fechado. Ele reside em Apucarana (Vale do Ivaí) e disse à polícia trabalhar como entregador. Segundo publicou o jornal O Globo, ele afirmou em juízo que foi à Esplanada dos Ministérios com dois amigos que estavam no quarte-geral da capital federal, mas que entrou nos prédios públicos depois que ambos já os haviam invadido.

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Preso desde 9 de janeiro em Brasília, Lázaro admitiu ter registrado em seu celular vídeos da depredação ao Palácio do Planalto, STF e Congresso Nacional, mas alegou que não participou dos atos de vandalismo. No entanto, segundo consta nas investigações da Polícia Civil do Distrito Federal, ele enviou áudios à esposa grávida em que disse que os manifestantes deveriam "quebrar tudo" porque só assim o Exército poderia "entrar e tomar o poder".

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Ainda conforme O Globo, Lázaro deixou a Praça dos Três Poderes após a chegada das autoridades, mas foi preso no entorno do Estádio Mané Garrincha. A polícia afirmou que ele portava uma faca, uma jaqueta militar e uma camiseta da seleção brasileira.

Na sentença, o ministro Alexandre de Moraes disse que o caso de Lázaro é "ainda mais grave" por ele ter sido soldado por um ano em Apucarana e que, portanto, "sabia o que estava fazendo quando pediu intervenção militar." Ele foi condenador por cinco crimes: associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.

O outro paranaense réu na primeira leva de julgamentos do STF é Moacir José dos Santos, 52 anos, que se diz autônomo de Cascavel (Oeste). Seu caso será analisado na próxima semana.