Merendeiras que prestam serviço à Prefeitura de Londrina alegaram nesta segunda-feira (20) que ainda não receberam o vale-alimentação e o tíquete de refeição de maio da empresa Especialy Terceirização, de São Paulo (SP). Os valores deveriam ser quitados até a última sexta (17).

Imagem ilustrativa da imagem Merendeiras de Londrina denunciam atraso no vale-alimentação
| Foto: Arquivo FOLHA

Segundo o Sinterc (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Refeições Coletivas e Merenda Escolar Terceirizada), 170 profissionais estão sendo prejudicadas. Representantes do órgão sindical dispararam e-mails para a terceirizada comunicando o atraso.

"As empregadas desta empresa enviaram o extrato bancário que demonstram que não há valor creditado", diz a mensagem encaminhada aos proprietários da fornecedora paulista à qual a FOLHA teve acesso.

Cada merendeira contratada pela Especialy recebe R$ 212,40 de vale-alimentação e R$ 17,30 por dia de tíquete. O salário é de R$ 1.362,80. De acordo com o diretor-secretário do Sinterc, Rodrigo César Coelho Lino, não há informações de que os vencimentos salariais de maio também estejam atrasados.

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"Não é a primeira vez que esta empresa atrasa pagamentos com as funcionárias. Neste ano mesmo o salário demorou pra ser depositado e só pingou na conta porque elas se mobilizaram. São vários problemas", apontou Lino.

O contrato entre a Prefeitura de Londrina e a Especialy foi assinado em julho de 2019. Segundo o acordo, a terceirizada deve disponibilizar merendeiras para 10 CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e 26 escolas da zona sul e nove CMEIs e 19 instituições municipais da região oeste.

Por mês, o poder público paga R$ 537 mil pelo fornecimento da merenda escolar, totalizando R$ 6,4 milhões. Segundo o Portal da Transparência, o contrato tem execução até o dia 10 de agosto deste ano.

Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que "a empresa fez o pagamento no final da tarde aos funcionários. Esta é a informação repassada depois da cobrança da Secretaria Municipal de Educação para que o pagamento fosse regularizado".

A reportagem procurou a Especialy Terceirização, que não retornou o contato.

(atualizado às 18h30)

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