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Protestos 5m de leitura

Fim de acampamento de bolsonaristas traz alívio para moradores

Grupo que defendia causas antidemocráticas ficou acampado por mais de dois meses em frente ao Tiro de Guerra, na zona leste de Londrina

ATUALIZAÇÃO
10 de janeiro de 2023

Lucio Flávio Cruz
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Fim de acampamento de bolsonaristas traz alívio para moradores

Um dia após o fim do acampamento de manifestantes bolsonaristas na zona leste de Londrina, o único sinal que permaneceu do QG montado em frente ao Tiro de Guerra era uma montanha de lixo e entulhos, ao lado da rua que dá acesso à unidade do Exército na cidade. 

Bolsonaristas deixaram muito lixo e entulho após encerrarem acampamento em frente ao Tiro de Guerra, na zona leste
  

Todas as barracas foram retiradas, além dos banheiros químicos e das bandeiras e faixas que ficaram penduradas por quase 70 dias nos muros e grades do TG. Durante a tarde de terça-feira (10), a reportagem da FOLHA esteve no local e não havia nenhuma movimentação de pessoas ou carros nas proximidades. O acesso ao Tiro de Guerra também estava normalizado. 

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Para alguns moradores da região, o encerramento do acampamento foi um alívio e trouxe a tranquilidade novamente para a região. "Não houve mudanças significativas na nossa rotina em razão do acampamento, até porque estava um pouco distante daqui. Mas, principalmente, nos fins de semana aumentava muito o volume de carros na região e isso incomodava um pouco", afirmou uma moradora da Rua Augusto Canezin, que preferiu não se identificar. 

A Rua Augusto Canezin está localizada nos fundos do TG e onde estão as residências mais próximas. O unidade do Exército em Londrina fica em uma área isolada entre a pista do aeroporto e o recém-inaugurado Arco Leste. A própria via que dá acesso ao portão principal do TG é fechada para o tráfego normal e não há trânsito de carros, motos e ônibus pelo local. 

A doméstica Ana Lúcia do Nascimento lembra que, em alguns momentos, o som do acampamento atrapalhava, especialmente os alunos da Escola Estadual Heber Soares Vargas, que fica próxima ao Tiro de Guerra. "Meus filhos estudam no colégio e reclamaram algumas vezes, principalmente nos primeiros dias do acampamento, quando o volume de pessoas era maior", comentou. "No entanto, nunca tivemos nenhum problema com as pessoas que estavam lá e acredito que eles têm o direito de protestar por aquilo que eles entendem que esteja errado."

O grupo de bolsonaristas estava acampado em frente ao TG de Londrina desde o dia 2 de novembro de 2022 após não aceitar a derrota nas urnas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que perdeu as eleições para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os manifestantes defendiam causas antidemocráticas como um golpe de Estado e intervenção militar. 

A desmobilização do acampamento se deu em razão de uma ordem judicial assinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que determinou o fim de todos os protestos em frente aos quartéis do Exército no país. Em Londrina, a desmobilização foi feita de forma pacífica após negociação da Polícia Militar com os manifestantes. 

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