Cinco veículos da Viação Garcia e da Brasil Sul Linhas Rodoviárias foram fretados para os atos que culminaram na invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, ocorrida no domingo (8).

Em nota à Folha, a assessoria de imprensa do grupo informou que: "Diante dos fatos narrados na imprensa acerca da presença de veículos da Viação Garcia/Brasil Sul na cidade de Brasília-DF neste domingo, informamos que tratam-se de veículos fretados por particulares devidamente contratados de forma legal, com lista de passageiros, emissão de nota fiscal e comprovante de pagamento pelo contratante. Ressalta-se ainda que já estamos atuando no sentido de colaborar com as autoridades competentes sendo que, em virtude de confidencialidade contratual e das diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), as informações pertinentes a tais contratações poderão ser fornecidas somente mediante solicitação oficial das referidas autoridades. Por fim, a Viação Garcia/Brasil Sul aproveita o ensejo e enfatiza que repudia veementemente qualquer ato de violência e vandalismo contra o patrimônio público e não incentiva a prática de qualquer ato de natureza antidemocrática."

A reportagem da FOLHA também questionou quanto custa um frete de ida e volta para Brasília, mas não obteve resposta.

Uma publicação no grupo “Enjoei e aí? Londrina e Região” informava que sairiam 20 ônibus de Londrina para Brasília e que os interessados em viajar iriam de graça.

A publicação dizia ainda que não era excursão e que o objetivo era “tomar o Congresso.” Dizia o texto: “Precisamos de 800 homens valentes, que tenham a bíblia em uma mão e a espada na outra.”

O telefone de contato para fazer o cadastro pertence a um empresário da construção civil. Contatado pela reportagem, o empresário afirmou que a publicação é falsa e que registrou um boletim de ocorrência no 1º DP da Polícia Civil de Londrina contra a pessoa que publicou aquilo.

“Ainda não foi disponibilizado um balanço das atividades.”, diz o e-mail enviado pela assessoria de imprensa da Polícia Federal.

A reportagem também questionou a assessoria de imprensa do STF para saber se existe algum documento com a relação dos veículos, mas recebeu resposta negativa.

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