São Paulo - A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que pediu a liberdade provisória dele ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi divulgada pela jornalista Camila Bomfim, da GloboNews, e confirmada pelo UOL.

O pedido de soltura ainda está sendo analisado por Moraes, que é relator dos inquéritos nos quais Cid é investigado. Cabe ao ministro da Suprema Corte decidir se manterá o militar preso ou se permitirá a liberdade provisória dele até o julgamento. O pedido de soltura ocorre ao mesmo tempo em que o tenente-coronel do Exército entregou ao STF um "termo de intenção" de fazer um acordo de delação premiada.

A proposta agora será enviada ao MPF (Ministério Público Federal) - que dará seu parecer - e precisa ser aceita por Moraes. A Polícia Federal informou que concorda com a proposta de Cid.

Cid esteve no STF na última quarta-feira acompanhado por seu advogado, Cezar Roberto Bitencourt, e se reuniu com um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Os termos da delação ainda não foram definidos.

Para ter sua colaboração aprovada pela Justiça, o coronel tem que não só prestar depoimentos, mas também apresentar provas.

O tenente-coronel está preso desde maio. Ele é suspeito de vender irregularmente presentes recebidos por Bolsonaro de outros chefes de Estado, de falsificar cartões de vacina contra a Covid-19 e de ter trabalhado na organização de um golpe de Estado.