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EDITORIAL 5m de leitura

Trânsito e cidadania

ATUALIZAÇÃO
16 de janeiro de 2020

Folha de Londrina
AUTOR

Deveria ser óbvio para quem é motorista habilitado, mas coisas básicas como transitar corretamente nas rotatórias e dar seta ao mudar de direção ou de faixa são práticas que se perdem no dia a dia e acabam se tornando motivos de acidentes de trânsito.  

Esses dois “pecados” estão sendo cometidos em excesso pelo londrinense a ponto da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) criar campanhas para conscientizar os motoristas a seguirem a sinalização.  

No caso das rotatórias, o projeto já começou. A companhia instalou placas para ajudar o motorista a trafegar nesses locais, construídos justamente para ajudar no trânsito em cruzamentos com fluxos intensos de veículos. Em Londrina, são comuns momentos de caos e até incidentes pela falta de consciência ou conhecimento ao transitar por elas, com mudança de faixa durante o trajeto e de forma errada, entre outros erros. O primeiro lugar a contar com a orientação é o cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Higienópolis, na área central. 

Os técnicos da CMTU perceberam que só a sinalização horizontal não está sendo suficiente. O que todos os motoristas sabem na teoria é que o ideal é não mudar de posição no meio da rotatória, porque pode colocar em risco outros veículos, principalmente se não der nenhum sinal. Pena que nem todos aplicam na prática o conhecimento teórico.  

A reportagem da FOLHA permaneceu por 10 minutos no cruzamento da Higienópolis com JK e constatou que os motoristas ainda não estão atentos à sinalização vertical. A atenção dos condutores ao celular é assustadoramente mais evidente.  

Outro problema “crônico” no trânsito é a falta do uso da seta. Tanto que a CMTU  estuda lançar uma ampla campanha para discutir e ressaltar a necessidade de acionar a ferramenta e não  descartada a utilização de agentes para autuar os infratores.  Lembrando que o Código de Trânsito Brasileiro define que a utilização da luz indicadora de direção dos veículos é obrigatória.  

São dois exemplos típicos de desrespeito ao espaço público. Essa qualidade não é forte no brasileiro e em Londrina não é diferente. É a já discutida necessidade de melhorar a educação no trânsito, que além das habilidades técnicas que todo o motorista deve ter, trata da cidadania, da cordialidade, respeito, solidariedade e responsabilidade.  

Obrigado por ler a FOLHA! 

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