O senhor presidente do Brasil, Lula da Silva, em viagem à Argentina, anunciou a jornalistas brasileiros que continuará a financiar obras em países pobres, via BNDES, sem, entretanto, especificar quais. Constam empréstimos, do primeiro governo dele, à Cuba, Venezuela e países africanos, sem pagamentos dos mesmos. O Lula da Silva não abandonou o sonho de ser chamado de “o paizão da América Latina”, só que com o dinheiro alheio, enquanto milhares aqui de brasileiros vivem em extrema pobreza, crise acentuada na gestão de sua parceira Dilma Rousseff, quando desgovernou o país. Alguém precisa avisá-lo que o “N” de BNDES significa nacional e não internacional, afinal ele foi eleito para governar o Brasil ou as américas? Agora eu pergunto ao STF, na pessoa de sua presidente Rosa Weber, este tribunal vai permitir tamanho absurdo sendo repetido com o dinheiro de nossos impostos?

Roberto Antonio de Carvalho (aposentado) Londrina

A fome em grandes plantações

A melhor resposta que vimos para a pergunta “por que milhões de brasileiros passam fome se o país colhe safras recorde?”, foi a seguinte: “Beneficiado por subsídios, com os descontos e isenção de ICMS e de imposto de importação, fora o perdão do PIS e COFINS, o setor “se acha”. Tanto puxa brasa para sua sardinha que se auto intitulou “pop, tech e tudo”. E com isso a fome aumenta no país das supersafras. É claro que não é só esse fator: a diminuição do poder de compra por causa da inflação não controlada; país sem políticas efetivas de distribuição de rendas, e outras “comorbidades” econômicas. E tudo isso parece que tem origem ou causa em apenas uma fonte: decisões políticas equivocadas e condicionadas pelo sistema capitalista atual, pois no Brasil diminuiu o incentivo a agricultura familiar e em 2014, segundo relatório da ONU, o Brasil saiu do mapa mundial da fome para voltar 6 anos mais tarde em 2020.

Swami Veronesi (músico) Santo Antônio da Platina

A busca da culpa

Questionável a opinião do dr. João dos Santos Gomes Filho no Espaço Aberto da FOLHA desta sexta-feira 27.01.23 (O mito de Pandora). Apesar da dificuldade que tenho em interpretar suas palavras devido a seu extenso vocabulário e cultura, vejo sempre sua preocupação em encontrar culpados. No caso sempre o governo passado de direita. Como se não houvesse Brasil antes disso. Não quero esconder os erros cometidos por tal governo, mas com certeza não foi o único que não obteve êxito em sua jornada, apesar de suas boas propostas. Faltou habilidade politica para implementá-las, em minha opinião. Entendo que enquanto capital e trabalho não se unirem, dificilmente teremos justiça social com desenvolvimento econômico e uma vida melhor para todos. Atualmente, um lado querendo destruir o outro. A soma será sempre zero, meu caro advogado. Como criaremos riqueza sem incentivo ao capital, que obviamente depois teremos que buscar uma divisão equitativa, não sei se chegaremos lá. No caso dos yanomamis, onde estava a oposição, toda sociedade brasileira, inclusive eu, para contestar e exigir do governo ou outras entidades o socorro aqueles seres humanos? Como disse um sobrevivente do holocausto, onde estava o mundo quando nosso povo sofria aqueles horrores. Encontrar culpados é muito fácil, precisamos sim, apresentar soluções e oferecer ajuda e, principalmente, nos comportarmos como seres humanos que somos e acima de tudo realizarmos uma análise mais profunda dos problemas que nos aflige, em busca de uma sociedade mais justa, como tanto defende o advogado, autor do texto.

José Cezar Vidotti (economista) Londrina

Os artigos, cartas e comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina, que os reproduz em exercício da sua atividade jornalística e diante da liberdade de expressão e comunicação que lhes são inerentes.

COMO PARTICIPAR| Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. As cartas devem ter no máximo 700 caracteres e vir acompanhadas de nome completo, RG, endereço, cidade, telefone e profissão ou ocupação.| As opiniões poderão ser resumidas pelo jornal. | ENVIE PARA [email protected]