A manchete desta Folha, edição de 12/06/23, retrata fielmente o martírio que os torcedores londrinenses estão vivendo com o seu time, representante mor do futebol da cidade. É evidente que a SM Sports teve grande importância na vida do Londrina E.C., com expressivas conquistas durante a vigência dos 10 anos de contrato, firmado em 2010. Todavia, após a renovação da parceria, em 2021, a administração do futebol vem se deteriorando ano a ano.

Atualmente, com zero de planejamento, uma profunda falta de empatia do gestor com a torcida, investimentos insuficientes, ausência de marketing mais incisivo e uma repetição de insucessos com planos de sócio torcedor, o modelo de gestão do futebol do Tubarão é um fracasso.

Neste ano, a sucessão de desventuras chegou ao seu ápice; em 5 meses já foram utilizados em torno de 40 atletas e 5 treinadores. Por incrível que pareça, os menos culpados são os jogadores e a comissão técnica. A grande maioria das contratações são apostas, isto é, corre-se o risco de não dar certo, por vários motivos, principalmente pela baixa qualidade futebolística do contratado. Assim, nosso plantel é barato, joga em nível das Séries C e D e os resultados são pífios; há 2 anos estamos sendo desclassificados precocemente da Copa do Brasil, sendo que em 2021 nem obtivemos classificação.

No Campeonato Paranaense, recentemente encerrado, rondamos o descenso e na Série B/2023 a tragédia já está anunciada. Entristece-nos ver o Estádio do Café sistematicamente vazio, ingressos fora da realidade do contexto do futebol apresentado e dos demais jogos da mesma divisão. Além de todos esses percalços, somos obrigados a ouvir, teimosamente, ano após ano, a ironia do gestor de que "vamos subir para a Série A". O torcedor alviceleste está cansado de tudo isso.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

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